BDRs de ETFs são mais eficientes e menos custosos, mas produtos podem ter preço baixo de R$ 1 mil sob custódia. Bolsa-brasileira percebe seu potencial de crescimento e segmentos da economia.
Desde 2022, o Brasil experimenta o maior período de ausência de novos ingressos na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), com mais de três anos sem o estreinho de uma empresa. O mercado financeiro, no entanto, não permanece imóvel, com o número de ETFs (Fundos de Troca-Valores) continuando a crescer na bolsa brasileira. Hoje em dia, existem 114 fundos listados que investem em diversas áreas da economia brasileira e global, o dobro da quantidade disponível em 2021, mostrando uma tendência positiva nesse segmento financeiro específico.
Os ETFs representam uma opção atraente para os investidores, pois oferecem uma forma diversificada e mais acessível de investir em vários ativos de negócios, como Fundos de índice, Fundos de investimento e Ativos de troca-trava, sem a necessidade de comprar e vender cada ativo individualmente. Com o crescimento dos ETFs na B3, os investidores têm mais escolhas para diversificar suas carteiras, o que pode ajudar a reduzir o risco e potencializar os retornos. Esse movimento é um sinal de que o mercado de investimentos está cada vez mais sofisticado e disposto a aproveitar as oportunidades oferecidas por esses produtos financeiros.
ETFs: O mercado em expansão no Brasil
O mercado de ETFs ainda engatinha no Brasil, apesar do crescimento e do surgimento de novos players. A BlackRock, maior gestora de ETFs de renda variável, indica que o gap entre o mercado brasileiro e o global deve diminuir nos próximos anos, criando oportunidades para novos entrantes. A BlackRock administra US$ 3,9 trilhões em mais de 1.500 fundos negociados globalmente, mas priorizou a introdução de ETFs já lançados no exterior por meio de BDRs no Brasil.
Desafios e oportunidades no mercado de ETFs
A BlackRock afirma que a introdução de ETFs no Brasil através de BDRs reduz custos e aumenta a eficiência, tornando-os mais atraentes para os investidores. O BIVB39, um BDR que segue o índice S&P 500, custa 0,03% ao ano, enquanto o IVVB11, o ETF com maior número de investidores na bolsa brasileira, tem uma taxa de administração de 0,23% ao ano. A demanda por BDRs de ETFs ainda é limitada, com apenas 0,5% dos 5,1 milhões de CPFs cadastrados na bolsa investindo nesse tipo de fundo.
O papel dos market makers no mercado de ETFs
A falta de liquidez no mercado local é compensada pela atuação dos market makers, que acessam o produto original no exterior para viabilizar a negociação na B3. Além disso, a criação e destruição de cotas pelos gestores dos ETFs criam uma terceira camada de liquidez no mercado. A BlackRock enfatiza a importância de oferecer produtos transparentes e baratos ao cliente, como os BDRs de ETFs, que têm um custo menor do que ETFs listados localmente que seguem o mesmo índice.
Expansão do mercado de ETFs no Brasil
O número de BDRs de ETFs no Brasil cresceu rapidamente, atingindo 258 em 2022, número que supera em mais que o dobro o de ETFs listados localmente. A BlackRock é a maior gestora de ETFs no Brasil, com mais de R$ 15 bilhões sob gestão, e prioriza a introdução de ETFs já lançados no exterior por meio de BDRs. A expansão do mercado de ETFs no Brasil é impulsionada pelo baixo custo dos BDRs de ETFs, dado o alcance global.
Fonte: @ NEO FEED
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