Analistas do banco americano recomendam que o mercado de pagamentos digitais no Brasil atingirá um nível de saturação até o fim do ano.
O Morgan Stanley diminuiu sua avaliação para os títulos das empresas de pagamento PagBank e Stone, classificando-os como ‘underweight’, o que significa que a recomendação é de venda. Por volta das 13h, as ações do PagBank (PAGS) na Bolsa de Nova York apresentavam uma queda significativa de 4,67%, sendo negociadas a US$ 10,11. Enquanto isso, na Nasdaq, as ações da Stone (STNE) caíam 6%, com o valor de US$ 11,65.
Essa decisão do Morgan Stanley reflete uma análise cautelosa sobre o desempenho futuro dessas empresas no mercado de valores mobiliários. A movimentação dos papéis, especialmente em momentos de instabilidade, pode impactar diretamente os investidores. A atenção aos detalhes é crucial para quem opera nesse setor.
Perspectivas do Mercado de Pagamentos Digitais
Em um relatório intitulado ‘O fim do crescimento’, os analistas de um renomado banco americano analisam que o mercado de pagamentos digitais no Brasil está prestes a alcançar um nível de saturação até o final deste ano. Eles afirmam que tanto o crescimento quanto a lucratividade da adquirência poderão enfrentar desafios significativos. ‘Prevemos uma queda de 40% a 50% nas ações e acreditamos que o consenso subestima as implicações em todo o ecossistema de pagamentos’, destacam os especialistas.
Revisão das Estimativas para Lucro por Ação
O Morgan Stanley revisou suas projeções para o lucro por ação do PagBank e da Stone, com cortes que variam entre 46% e 56% até 2030. Essa revisão considera fatores como o crescimento mais lento do volume de pagamentos processados (TPV), a compressão das taxas cobradas dos lojistas (MDR) e as antecipações de recebíveis, além de uma alavancagem operacional negativa. Esses elementos são cruciais para entender a dinâmica do mercado de papéis e títulos.
Novos Preços-Alvo para Ações
O novo preço-alvo para as ações do PagBank foi fixado em US$ 6,5, enquanto para as ações da Stone, o valor é de US$ 7, ambos significativamente abaixo do consenso do mercado, que aponta para US$ 15,8 e US$ 17,8, respectivamente. Essa discrepância evidencia as preocupações em relação ao futuro dos valores mobiliários dessas empresas, refletindo um cenário desafiador para os investidores.
Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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