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PF investiga uso de fuzis antidrone por facções criminosas em combate ao crime, ameaçando forças de segurança e o espaço aéreo com radiofrequência.
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O poderio do crime organizado no Brasil recebeu um novo elemento que não representa uma ameaça direta ou física, mas pode ser valioso na luta por território ou para enfrentar as forças de segurança. A Polícia Federal está apurando a utilização de fuzis antidrone por organizações criminosas.
Essa nova tecnologia representa uma estratégia inovadora adotada pelas máfias e grupos delinquentes para se proteger e manter o controle de suas operações. Os fuzis antidrone são um sinal do avanço das táticas empregadas pelo crime organizado no país, demonstrando a constante evolução e adaptação dessas organizações.
Crimes Organizados e o Uso de Fuzis Antidrone
Os grupos delinquentes têm como estratégia mirar seus fuzis em direção aos drones inimigos, derrubando os aparelhos com o disparo de sinais de radiofrequência. Essa tática impede que o espaço aéreo em áreas dominadas pelo crime seja monitorado pelas forças de segurança ou pelos rivais. O emprego dos fuzis antidrone pelo crimine organizado veio à tona recentemente, quando um indivíduo foi preso após receber uma dessas armas pelos Correios em Nova Iguaçu (RJ).
A utilização dessas armas é vista como um ato de amadorismo por fontes familiarizadas com o combate ao crime organizado. Segundo relatos, armamentos desse tipo chegam ao Brasil pelas fronteiras, sendo as fronteiras com o Paraguai e a Bolívia, controladas pelo PCC, exemplos de pontos de entrada.
As autoridades foram contatadas para fornecer informações sobre a luta contra o uso dessas armas e dados sobre apreensões. No entanto, a PF se absteve de comentar sobre casos em andamento, enquanto a Receita Federal mencionou que apenas uma apreensão foi registrada em julho.
A fonte anônima destacou que a única apreensão divulgada não reflete a realidade, enfatizando que essas armas entram facilmente pelas extensas fronteiras com países como Bolívia, Peru e Paraguai.
O fuzil antidrone pode ser empregado pelo crime em nível tático, atrapalhando a orientação dos drones inimigos. Especialistas apontam que o armamento pode ser utilizado por olheiros posicionados em locais estratégicos, exercendo também um efeito psicológico sobre os adversários.
Além disso, facções criminosas com recursos mais robustos, como o PCC, têm acesso a sistemas antidrone mais avançados, capazes de criar barreiras invisíveis para bloquear a passagem de drones desconhecidos. No Brasil, as armas antidrone são de uso restrito das forças de segurança, com modelos como o DroneGun Tactical, homologado pela Anatel em 2021.
A preocupação com o avanço do crime organizado e o uso de tecnologias cada vez mais sofisticadas para combater as forças de segurança é uma realidade que demanda atenção constante e aprimoramento das estratégias de combate ao crimine organizado.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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