Construção de galeria em favela começa em dezembro, com vaquinha, doação e pagamento parcelado de pedreiro para térreos do prédio novo.
O objetivo da Favelarte é levar as artes plásticas para mais pessoas no local, trazendo a comunidade em contato com a criatividade das galerias e proporcionando um espaço para o desenvolvimento pessoal e profissional de artistas. Ao longo da sua trajetória, a Favelarte já recebeu nomes importantes como Edna Schneider, Théo Costodio e Valéria Bevilacqua, entre outros. Com exposições de arte, feiras e mostras, a organização busca promover a diversidade cultural e a inclusão social na região.
Projeto de Galeria na Favela de Paraisópolis
A inauguração da Favelarte Galeria Suburbana, a primeira galeria de arte na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, está marcada para 15 de dezembro. Hermeson de Morais, conhecido como Ticano, criador do território, está no centro do projeto, trabalhando incansavelmente para deixar tudo pronto. A equipe está superando dificuldades coletivamente: vaquinha, doações, mutirão de artistas e parcelamento do trabalho do pedreiro. O espaço planeja receber ao menos 30 artistas consagrados da cena independente, promovendo exposições, feiras e mostras de arte.
Um Espaço para a Transformação
A galeria será localizada no coração de Paraisópolis, próxima ao prédio novo do hospital Albert Einstein, ocupando o espaço térreo da casa de Ticano. No andar de cima, funciona o Favela Podcast, uma iniciativa do comunicador. A família mora no terceiro andar. O idealizador da Favelarte Galeria Suburbana, Ticano, destaca que sua engajamento social lhe permitiu formar amigos artistas, como o artista plástico Moisés Souza, conhecido como M. Souzarte, que está apoiando o projeto.
Um Sonho em Realidade
Ticano, criador do Favela Podcast, há anos está trabalhando em direção ao sonho de criar um espaço de arte para a favela. Seus avós chegaram em Paraisópolis na década de 1970, seguido por ele e a mãe, de Mato Grosso do Sul. A mãe o criou sozinha, após a separação do pai. Ela trabalhou na indústria e no comércio, até se aposentar. Ticano estudou em escolas públicas, fez ensino técnico e faculdade, com bolsa, na área de tecnologia da informação. Ele pretende tratar os artistas com o mesmo respeito e infraestrutura que existe fora da quebrada. Entre os expositores estará Lando, ou Jean Bolando Joachim, haitiano que mora há cinco anos no Brasil, artista plástico, grafiteiro e tatuador.
Fonte: @ Terra
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