A Vivest, maior entidade de previdência complementar de capital privado, busca expansão com fundações, com Paulo Werneck à frente. Patrimônio gerido por fundações e empresas, no mercado de previdência, com entidades de gestão.
A Vivest ampliou a gama de entidades fechadas de previdência complementar sob sua gestão. A instituição multipatrocinada passou a gerenciar o patrimônio de R$ 340 milhões do grupo farmacêutico Roche em setembro. Com essa adição, a empresa fortalece sua posição no mercado de fundos de previdência.
Em seu portfólio de entidades fechadas, a Vivest também incluiu o patrimônio da Alpargatas, com valor de R$ 471,2 milhões. A transação está prevista para ocorrer no início de 2025. Esse movimento acredita-se que seja um passo importante para consolidar a sua posição no mercado de fundos de previdência. A gestão desses fundos afeta diretamente os benefícios de pensões dos patrocinadores de Alpargatas.
Consolidação no Mercado de Previdência
Com as recentes aquisições, a Vivest irá abordar um mercado de cerca de R$ 40 bilhões, direcionado a empresas privadas com patrimônio sob gestão entre R$ 300 milhões e R$ 3 bilhões. A entidade busca incorporar fundos de previdência de empresas que buscam otimizar sua gestão de patrimônio, abordando uma necessidade crescente no mercado. A Vivest é a maior entidade fechada de previdência complementar de capital privado do país, com R$ 38 bilhões sob gestão. É fato que o setor de previdência complementar apresenta números expressivos: R$ 1,2 trilhão sob gestão, mais de três milhões de participantes e quatro milhões de dependentes, com cerca de R$ 100 bilhões pagos anualmente em beneficiários.
A sustentabilidade das fundações no longo prazo passa por se adaptar às mudanças no mercado de trabalho, com empresas mais eficientes, demandando mais entrega de tecnologia e serviços. A Vivest deve se reinventar para manter sua liderança no mercado, assim como a gestão de patrimônios de empresas, que exige constantes ajustes para manter a qualidade e evitar perdas. A empresa está em busca de realizar ações que permitam expandir seu patrimônio, desbravar o mercado em mar aberto e, consequentemente, aumentar a complexidade na gestão dos seus portfólios. A expectativa é que isso permita aumentar a taxa de administração como uma das mais competitivas do mercado.
O diretor de investimentos da Vivest, Paulo Werneck, traz uma experiência de 40 anos no mercado financeiro, tendo trabalhado em instituições privadas. Werneck tem em mãos uma carteira extremamente conservadora, com cerca de 87% da carteira consolidada alocada em renda fixa, majoritariamente em títulos públicos atrelados à inflação, que têm tido rendimento fixo acima de 6% ao ano. A falta de clareza do cenário econômico é o principal motivo para essa alocação.
Fonte: @ NEO FEED
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