Clube volta ao Campeonato Carioca Feminino após cinco anos, com dupla que busca equilibrar sonho e realidade no universo feminino do futebol.
No coração do futebol feminino, um grupo de 13 jogadoras do Araruama encontrou um refúgio especial, longe dos holofotes e do estresse do esporte. Em uma estrada de terra, após um portão típico de fazenda, uma casa com piscina e área de lazer abriga essas atletas talentosas, que fazem parte de um elenco de 25 jogadoras.
Esse é o local onde elas podem se concentrar no jogo, sem distrações, e se preparar para as próximas competições. Com um campo de futebol à disposição, elas podem treinar e aprimorar suas habilidades com a bola, visando o sucesso no campeonato. O futebol feminino é um esporte em constante evolução e essas jogadoras estão determinadas a fazer parte dessa história. Com dedicação e esforço, elas podem alcançar seus objetivos e se tornar referências no esporte.
O Futebol Feminino: Um Sonho e uma Realidade
O Campeonato Carioca Feminino está prestes a começar, e o clube Araruama fará sua estreia na segunda-feira, contra o Flamengo, na Gávea, após cinco anos sem disputar competições femininas. O futebol é um esporte que muitas crianças sonham em jogar, mas a realidade é dura para quem tenta realizá-lo, especialmente para as mulheres. As oportunidades são escassas, e quem se aventura precisa superar obstáculos gigantescos.
O Araruama, sob o comando do técnico Raffaele Graniti, de 70 anos, montou seu elenco aos poucos. A maioria das jogadoras é local ou de cidades próximas, e outras foram contratadas para aumentar a média de idade. O time tem jogadoras que iniciam a busca pelo sonho de viver do futebol, outras que se dividem com outros empregos e aquelas que já pensam no futuro sem a bola nos pés.
O Desafio do Futebol Feminino
Apenas a goleira Bruna Almeida, de 34 anos, campeã da Libertadores de 2015 com a Ferroviária, tem contrato profissional registrado na Federação de Futebol do Rio. As outras jogadoras estão como amadoras. O presidente do Araruama, Álvaro Michele, acredita que o futebol feminino precisa de investimento maior para se tornar profissional. ‘Eu acredito que, para você profissionalizar o futebol feminino, vai precisar de investimento maior, por via estadual, federal, leis de incentivo. Talvez, voltados para o feminino.’
O Araruama é um time regional, com muitas jogadoras da região. As que moram no centro de treinamento, as que moram na área central de Araruama ou em outras cidades próximas pegam diariamente uma van que faz o transporte para o local das atividades. O trabalho físico é feito por vídeos que seguem a orientação do preparador físico Cláudio Italo. Algumas só conseguem treinar com o grupo a partir de sexta-feira por enfrentarem dupla jornada com empregos diversos, a maioria no comércio.
O Campo de Futebol: Um Local de Sonhos e Desafios
O campo de futebol é um local onde os sonhos e desafios se encontram. O Araruama tem um campo de futebol com uma área com churrasqueira, onde as jogadoras podem se reunir e se divertir. Mas o futebol feminino é um esporte que ainda enfrenta muitos desafios. A competição é feroz, e as jogadoras precisam ser fortes e determinadas para alcançar seus objetivos.
O Campeonato Carioca Feminino é um exemplo disso. O Flamengo tem jogadoras consagradas, como a atacante Cristiane, e negociou recentemente a meio-campo Duda com o Al Nassr, da Arábia Saudita. O Araruama, por outro lado, tem um elenco que está apenas começando a se formar. Mas as jogadoras estão determinadas a fazer o seu melhor e a alcançar seus sonhos.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo