O jovem desenvolvedor passou por dois testes rigorosos, totalizando 80 horas, e enfrentou a sindrome de burnout, mudança no estilo de vida, prioridades reavaliadas, atividades fisicas abandonadas e ataques pessoais.
Com a chegada da Geração Z, os principios de trabalho estão passando por mudanças significativas. Já não é mais tolerado os abusos trabalhistas que eram comuns em antigas gerações. A Geração Z está mais focada em trabalhos de qualidade e equilíbrio na vida pessoal e profissional.
Um exemplo disso foi um recém-formado desenvolvedor que decidiu compartilhar sua experiência de trabalho em uma empresa. Ele descreveu seu primeiro dia como intenso e desumanizante, com exigências abusivas e falta de trabalhos de apoio. Isso é justamente o que a Geração Z não aceita mais. Ela busca por trabalhos que valorizem o ser humano, com principios respeitosos e ambições razoáveis. A história de Maxwell Wessel, que saiu da Microsoft por falta de satisfação no trabalho, é um exemplo da mudança de postura da Geração Z em relação ao trabalho.
Desafios da Geração Z no Mundo do Trabalho
Um jovem, compartilhando sua história nas redes sociais, descreve seu chefe como tóxico, enfatizando o ambiente de trabalho adverso que enfrentou em sua nova posição. No primeiro dia de outubro, o gerente já deixou claro que esperava compromissos excessivos, como trabalho além do horário normal sem remuneração adicional. O trabalhador expressou desejo de estabelecer limites para isso, mas foi zombado por seu superior por mencionar a importância de um equilíbrio entre vida pessoal e profissional. O chefe desqualificou-o como ‘comportamento das nações ocidentais desenvolvidas’, demonstrando um comportamento discriminatório.
A realidade da Geração Z no mundo do trabalho é marcada por desafios significativos, incluindo o estresse crônico e a síndrome de burnout. Conforme a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) relata, 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem de burnout, um quadro caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e perda de realização pessoal, conforme explicado pela psicóloga Denise Milk em entrevista anterior. Para superar esses desafios, mudanças no estilo de vida são essenciais, como aprender a impor limites no trabalho, reorganizar prioridades, inserir momentos de lazer e descanso na rotina e prática de atividades físicas e técnicas de relaxamento.
Em alguns casos, medicamentos podem ser indicados para aliviar sintomas como ansiedade ou depressão. É fundamental reconhecer que a Geração Z não está disposta a tolerar ataques pessoais e humilhação no ambiente de trabalho, como relatado pelo jovem que compartilhou sua história. Ele enfatiza que não se opõe a trabalhar além do expediente, mas sim à exigência de compromissos descabidos sem remuneração, ao ridículo por mencionar a importância de uma vida fora do trabalho e à falta de política de horas extras.
A empresa em questão exige uma jornada de trabalho de 12 a 14 horas todos os dias, sem oferecer remuneração justa para o excesso de trabalho. Além disso, o jovem teve que passar por um processo seletivo intrincado, envolvendo provas de mais de 80 horas de trabalho, incluindo uma tarefa direcionada ao produto da empresa, que não foi revelada durante o processo seletivo. Este é um exemplo do quanto as empresas estão desrespeitando os princípios trabalhistas, os desejos e as necessidades da Geração Z.
Fonte: @ Minha Vida
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