Google diminui metas de contratação focadas em diversidade, aderindo ao movimento de empresas que revêem ou abandonam programas de diversidade e equidade em face de ordem executiva e riscos legais gerados pela presença de profissionais especializados em inteligência artificial.
A redução dos objetivos de contratação do Google visa promover uma diversidade mais ampla, mais diversa e mais inclusiva nas equipes, abandonando os critérios de diversidade tradicionais em favor de uma abordagem mais personalizada e focada em potencial.
Essa mudança se alinha com outras empresas que estão reavaliando seus programas de DEI, como a Microsoft e a Amazon, que também estão buscando uma abordagem mais equitativa e inclusiva. O foco agora está em criar uma inclusão genuína em todas as frentes, indo além das metas de diversidade.
Desafios em um Ambiente de Trabalho Inclusivo
A mudança no compromisso com a diversidade e equidade do Google foi comunicada aos funcionários em um e-mail crucial, ocorrendo após uma ordem executiva do presidente Donald Trump que impõe pressões significativas sobre empresas contratadas pelo governo a eliminares iniciativas de DEI, destacando a importância da diversidade em um ambiente de trabalho inclusivo. As informações são da revista Time.
Empresas do setor de tecnologia, como a Google, fornecem serviços essenciais para o governo federal, incluindo a divisão de computação em nuvem da companhia, uma parte fundamental da estratégia em inteligência artificial. No entanto, a Alphabet, empresa-mãe do Google, removeu uma declaração anterior que reafirmava seu compromisso com a diversidade, afirmando que a presença de profissionais negros na liderança subiu de 2,6% em 2020 para 5,1% em 2024; entre hispânicos, a taxa passou de 3,7% para 4,3%. A mudança também ocorreu logo após Sundar Pichai, CEO do Google, e outros executivos de tecnologia comparecerem à posse de Trump, evidenciando a tensão entre os esforços para promover a diversidade e a pressão governamental.
Empresas como Meta e Amazon já haviam reduzido suas iniciativas de DEI antes da cerimônia, e gigantes de outros setores, incluindo Disney, McDonald’s, Ford, Walmart, Target, Lowe’s e John Deere, também recuaram em programas similares. A ordem executiva de Trump impõe sanções financeiras a contratados federais que implementarem programas de DEI considerados ‘ilegais’, representando um risco legal significativo para as empresas que se comprometem com a diversidade.
O Google tem buscado aumentar a diversidade em sua força de trabalho há mais de uma década, intensificando os esforços em 2020 após a morte de George Floyd, mas os avanços foram modestos. A ordem executiva de Trump reflete um dilema enfrentado por muitas empresas que precisam equilibrar iniciativas de inclusão com pressões governamentais e riscos legais, enfatizando a necessidade de encontrar uma solução que combine a diversidade com a equidade e a inclusão.
Empresas que forem consideradas em violação poderão enfrentar pesadas penalidades sob a False Claims Act de 1863. A decisião do Google reflete o desafio de equilibrar a presença de profissionais de grupos sub-representados na liderança com a pressão governamental, o que pode afetar a representação de grupos, como negros e hispânicos, no ambiente de trabalho.
Empresas como a Tesla, a Amazon, a Apple e a Meta enfrentam desafios semelhantes, e a presença de mulheres em cargos de liderança aumentou de 26,7% para 32,8%. A mudança no compromisso do Google com a diversidade e equidade reflete a complexidade do tema e a necessidade de encontrar uma solução que combine a diversidade com a equidade e a inclusão.
Fonte: @ Ad News
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