O programa de merenda escolar atende 40 milhões de alunos em 150 mil escolas, fornecendo 10 bilhões de refeições por ano, com foco em segurança alimentar, redução dos alimentos ultraprocessados e apoio à agricultura familiar para combater a obesidade infantil.
O governo brasileiro anunciou uma política ambiciosa para reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados na merenda escolar das escolas públicas do país. Com o objetivo de melhorar a alimentação dos jovens estudantes, o governo federal firmou-se em reduzir o percentual de alimentos ultraprocessados em 10 pontos percentuais até 2026, passando de 20% para 10%. Este levantamento foi realizado durante o 6º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), em Brasília.
Esta mudança visa promover hábitos alimentares mais saudáveis entre as crianças e adolescentes estudantes de escolas públicas brasileiras. A escola representa um espaço fundamental para a formação de cidadãos, e a merenda escolar, um dos principais pontos para a promoção da saúde dos estudantes. O governo destaca que o incentivo à alimentação saudável é um aspecto crucial para a construção de uma sociedade mais equilibrada, e, por isso, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) será essencial para a implementação desta política. Com o objetivo de fomentar uma alimentação mais equilibrada e uma merenda mais saudável, o governo trabalha em estreita colaboração com os escolas para garantir um futuro mais promissor para as novas gerações.
Políticas Governamentais para Alimentação Escolar no Brasil
O governo brasileiro tem adotado medidas significativas para melhorar a alimentação escolar nos estabelecimentos de ensino público. Com o objetivo de fornecer uma merenda mais saudável aos estudantes, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) tem sido uma das principais políticas de segurança alimentar do país. Atualmente, o programa atende a 40 milhões de alunos em quase 150 mil escolas públicas, fornecendo aproximadamente 10 bilhões de refeições por ano.
Desafios e Iniciativas no âmbito da Merenda Escolar
A redução da presença de alimentos ultraprocessados na merenda escolar é uma das estratégias utilizadas para melhorar a qualidade da alimentação oferecida. Além disso, o governo reafirmou seu compromisso com a agricultura familiar, priorizando a compra de alimentos de pequenos produtores, especialmente comunidades indígenas, quilombolas e assentamentos da reforma agrária. O Pnae tem um orçamento de R$ 5,3 bilhões em 2024, o que permite uma maior flexibilidade para a implementação de políticas de segurança alimentar.
Preocupação com a Obesidade Infantil
Os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional 2023 do Ministério da Saúde mostram que 14,2% das crianças brasileiras com menos de cinco anos têm excesso de peso ou obesidade, taxa quase três vezes maior que a média global. Entre os adolescentes, a situação é ainda mais preocupante, com um em cada três tendo excesso de peso. Esses números reforçam a necessidade de políticas que estimulem hábitos alimentares mais saudáveis nas escolas e contribuam para a segurança alimentar das crianças.
Qualificação de Merendeiras e Nutricionistas
O Projeto Alimentação Nota 10 foi lançado com o objetivo de qualificar merendeiras e nutricionistas do Pnae em temas como segurança alimentar e nutricional, sustentabilidade e boas práticas na alimentação escolar. O projeto terá um investimento de R$ 4,7 milhões e pretende capacitar mais de 4.500 nutricionistas.
Reajuste para Alunos da EJA
Foi anunciado o reajuste no valor repassado para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O repasse diário de R$ 0,41 por aluno será elevado para R$ 0,50, beneficiando cerca de 2,1 milhões de estudantes e garantindo um aporte adicional de R$ 35,3 milhões aos repasses do Pnae.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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