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Baixa incidência de pacientes em tratamento pela Fiocruz, equipe de pesquisadores rastreia diagnóstico e carga viral em comunidades ribeirinhas.
Preocupações das autoridades de saúde e pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) são levantadas devido aos casos de Hepatite Delta entre moradores ribeirinhos no Amazonas. Esta condição, que pode se manifestar de forma assintomática, representa uma das formas mais severas das hepatites virais, podendo resultar em cirrose, câncer hepático e até mesmo óbito.
Os desafios enfrentados em relação à Hepatite Delta incluem a necessidade de compreender melhor a transmissão do vírus Delta e os métodos de prevenção da infecção por Delta. A colaboração entre instituições de pesquisa e órgãos de saúde é fundamental para combater a propagação dessa doença grave e proteger a população vulnerável na região amazônica. incidência
Hepatite Delta: Desafios e Avanços no Diagnóstico e Tratamento
Apesar da alta incidência, a Hepatite Delta ainda é uma doença pouco tratada, conforme relatado pela Fiocruz. Desde junho deste ano, uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz Rondônia tem se dedicado ao acompanhamento das comunidades ribeirinhas na região sul do Amazonas, em parceria com profissionais de saúde de Lábrea (AM).
O Centro de Testagem Rápida e Aconselhamento (CTA) da Secretaria Municipal de Saúde de Lábrea (AM) notificou cerca de 1,4 mil casos da doença na cidade, porém apenas 140 pacientes estão em acompanhamento. Durante a visita a comunidades como Várzea Grande e Acimã, no Rio Purus, a equipe da Fiocruz priorizou o diagnóstico e rastreamento das hepatites virais, incluindo a Hepatite D.
Dos 113 moradores atendidos, 16 foram diagnosticados com Hepatite Delta. Um destaque foi a descrição de um novo método molecular para a quantificação da carga viral em indivíduos portadores da doença, realizado pelos pesquisadores. As amostras são processadas na Fiocruz Rondônia, e os pacientes diagnosticados positivamente recebem assistência da equipe de saúde de Lábrea e do Ambulatório de Hepatites Virais.
O Boletim Epidemiológico de 2023, divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, revela que o Brasil diagnosticou 4.393 casos de Hepatite Delta entre 2000 e 2022. A maior incidência foi na Região Norte, com 73,1% dos casos, seguida pelo Sudeste (11,1%), Sul (6,6%), Nordeste (5,9%) e Centro-Oeste (3,3%). Em 2022, foram confirmados 108 novos casos, sendo a Região Norte a mais afetada.
A Hepatite Delta pode ser assintomática inicialmente, mas está associada a complicações graves, como cirrose e câncer. Os sintomas incluem cansaço, tontura, enjoo, febre, dor abdominal, icterícia, urina escura e fezes claras. A prevenção é fundamental e a vacinação contra Hepatite B é a principal medida recomendada pelo Ministério da Saúde.
A transmissão da doença pode ocorrer por diferentes vias, como relações sexuais desprotegidas, transmissão de mãe para filho, compartilhamento de material para uso de drogas, objetos cortantes, tatuagens, procedimentos cirúrgicos e odontológicos sem segurança, entre outros. Portanto, a conscientização e o cuidado são essenciais para evitar a propagação da Hepatite Delta.
Fonte: @ Agencia Brasil
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