Farmacêutica rejeita proposta não solicitada da EMS, que subestima seu valor, devido a diferenças de cultura organizacional e estratégia, afetando práticas de governança corporativa e política de prazo de pagamento.
A farmacêutica Hypera anunciou, após três dias de expectativas, ter rejeitado a proposta de união feita pelo laboratório EMS, que visava criar uma nova empresa líder no segmento de medicamentos genéricos, com uma participação de mercado de cerca de 20%. Essa decisão pode ter impactado os planos de fusão entre as duas empresas.
A rejeição da proposta de junção pode ter sido motivada pela busca da Hypera por uma fusão mais estratégica, que permita uma maior sinergia entre as empresas envolvidas. A decisão também pode ter sido influenciada pela necessidade de manter a independência e a identidade da Hypera no mercado. A busca por uma fusão mais vantajosa é um desafio constante para as empresas que buscam crescer e se consolidar no mercado. A Hypera agora precisa encontrar uma nova estratégia para alcançar seus objetivos de crescimento e liderança no segmento de medicamentos genéricos.
Fusão Rejeitada: Hypera Diz Não à Oferta Pública de Aquisições da EMS
A Hypera anunciou que seu conselho de administração decidiu rejeitar a oferta pública de aquisições de ações e de incorporação apresentada pela EMS, empresa do empresário Carlos Sanchez. A decisão foi tomada após uma análise cuidadosa dos termos da proposta, que foi considerada ‘não solicitada ou previamente discutida’. A Hypera alegou que o portfólio de produtos da EMS, focado em medicamentos genéricos, não está alinhado com os segmentos estratégicos da empresa. Além disso, as duas empresas têm culturas organizacionais e práticas de governança corporativa ‘absolutamente distintas’, o que dificulta a integração. Por fim, a avaliação atribuída à Hypera foi considerada ‘subestimada’ em relação ao valor real da empresa.
A oferta pública de aquisições, anunciada em 21 de outubro, previa uma fusão entre as duas empresas, com a EMS oferecendo R$ 30 por ação da Hypera, um prêmio de 39% sobre o valor de mercado. Além disso, a EMS propôs uma oferta pública de aquisições (OPA) de até 20% do capital para os acionistas que desejassem uma saída da operação. A eventual fusão entre as duas empresas criaria uma empresa líder no mercado de genéricos, com faturamento de R$ 16 bilhões e Ebitda de R$ 4,9 bilhões.
Junção de Esforços: A História da Negociação entre EMS e Hypera
As duas empresas chegaram a iniciar tratativas visando a uma eventual fusão no ano passado, mas as negociações não avançaram. No entanto, Carlos Sanchez, dono da EMS, voltou à carga nos últimos meses e decidiu tornar pública a oferta, com assessoria do BTG Pactual e do Lefosse Advogados. A decisão foi tomada após a Hypera anunciar um ‘processo de otimização do capital de giro’, por meio da redução da política de prazo de pagamento concedida aos clientes. A empresa informou que o objetivo era incrementar sua geração de caixa operacional em cerca de R$ 2,5 bilhões até 2028 e em R$ 7,5 bilhões nos próximos dez anos.
A Hypera também descontinuou seu guidance para 2024 e divulgou números prévios para o último trimestre, com receitas, Ebitda e lucro que não agradaram parte do mercado. Para o terceiro trimestre, a Hypera projeta faturamento líquido ao redor de R$ 1,9 bilhão, um Ebitda perto de R$ 561 milhões e lucro líquido em torno de R$ 370 milhões. A empresa reiterou que, sendo uma companhia aberta desde 2008, com substancial dispersão acionária, mantém perfil diferente da EMS, uma empresa familiar de capital fechado.
União de Forças: O Futuro da Hypera e da EMS
A rejeição da oferta pública de aquisições da EMS pela Hypera não significa que as duas empresas não possam trabalhar juntas no futuro. A Hypera pode considerar outras opções de fusão ou aquisição, desde que sejam alinhadas com seus objetivos estratégicos. Além disso, a empresa pode continuar a trabalhar em seu processo de otimização do capital de giro e melhorar sua geração de caixa operacional. A EMS, por outro lado, pode continuar a buscar oportunidades de crescimento e expansão no mercado de genéricos. A união de forças entre as duas empresas pode ser benéfica para ambas, mas é importante que sejam considerados os interesses e objetivos de cada uma.
Fonte: @ NEO FEED
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