Índice brasileiro sobe, contrariando mercado global, que estremece com medo de guerra no Oriente Médio, impactando carteira teórica em setores de papel.
O mercado acionário brasileiro navegou em águas turbulentas, mas o Ibovespa conseguiu se manter à tona, enquanto a maioria dos índices globais afundavam. A bolsa brasileira foi uma das poucas a escapar da onda de vendas que atingiu a Ásia, Europa e Nova York.
No entanto, a resiliência do Ibovespa não deve ser vista como um sinal de que o mercado está imune às turbulências globais. A volatilidade do mercado pode ser um desafio para os investidores, e é importante manter uma estratégia de investimento diversificada para minimizar os riscos. Além disso, a bolsa brasileira ainda está sujeita às flutuações do mercado global, e é fundamental estar atento às mudanças no cenário econômico para tomar decisões informadas.
O Ibovespa Avança no Primeiro Pregão de Outubro
O índice VIX, conhecido como o índice do medo, não foi afetado pelo estresse do mercado, ao contrário do que ocorre em momentos de crise. A bolsa brasileira, considerada uma das mais descontadas, com ações abaixo do seu valor real, tem um espaço menor para quedas e maior para alta em comparação com outras bolsas. O Ibovespa, o principal índice acionário do país, começou outubro com um avanço de 0,51% após fechar o terceiro trimestre com uma alta de 6%. A carteira teórica marcou 132.495 pontos, reduzindo as perdas acumuladas no ano para 1,26%, frente ao 1,77% registrado anteriormente.
O giro financeiro da carteira teórica somou R$ 17,5 bilhões, acima dos R$ 16,6 bilhões da média diária dos últimos 12 meses. A retração dos investidores não é à toa, pois as tensões geopolíticas no Oriente Médio aumentam a possibilidade de interferência de outros países no conflito, o que poderia ampliar a dimensão e os impactos da disputa.
O Mercado Brasileiro Se Beneficia da Situação
No entanto, o mercado brasileiro conseguiu tirar proveito da situação em duas frentes principais: com a alta das commodities e a queda dos juros. Os preços do barril de petróleo dispararam devido à possibilidade de afetar a distribuição do produto na região onde estão grandes produtores, muitos dos países-membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep). As ações da Petrobras puxaram a alta, com ganhos acima de 2%, o que se replicou em todo o setor, incluindo a Brava Energia.
A Vale e outras empresas exportadoras de metais seguiram o ritmo de ganhos da última semana na esteira da alta vertiginosa do minério de ferro diante de estímulos que prometem acelerar a economia chinesa. O país asiático é o maior importador do metal e principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Os setores de papel e celulose e frigoríficos também subiram, beneficiando-se da expectativa por mais cortes de juros nos Estados Unidos, dos estímulos na China e da queda recente do dólar.
O Dólar Volta a Subir no Mercado Internacional
No entanto, diante do temor de uma ampliação dos conflitos, o dólar voltou a subir no mercado internacional como um todo, considerado um ativo de segurança. O dólar fechou de 0,21%, negociado a R$ 5,46. Durante a sessão, a divisa chegou a subir até os R$ 5,48, mas perdeu força antes do fechamento. No ano, a moeda americana já subiu 12,50% ante o real. O Ibovespa, o principal índice acionário do país, continua a ser um indicador importante do mercado brasileiro, refletindo as tendências e os movimentos do mercado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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