O IGP-M avançou 0,62% em setembro, acelerando em relação ao mês anterior, com efeitos sazonais e mudanças na taxa de mão de obra em diferentes estágios de processamento.
O cenário econômico atual é marcado por uma inflação em alta, com o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentando um aumento de 0,62% em setembro, superando a alta de 0,29% registrada no mês anterior. Esse desempenho reflete a tendência de inflação crescente no país, que acumula elevação de 2,64% no ano e de 4,53% nos últimos 12 meses.
Essa alta nos preços é resultado do aumento dos custos de produção e da valorização do dólar, que afetam diretamente os preços dos produtos e serviços. Além disso, a inflação também é influenciada pela demanda e pela oferta de bens e serviços, o que pode levar a uma inflação ainda maior se não for controlada. É importante monitorar esses indicadores para entender melhor o comportamento da economia e tomar decisões informadas. A inflação é um desafio constante para a economia.
A Inflação e os Preços das Commodities
As mudanças climáticas e os efeitos sazonais têm gerado novas pressões sobre os preços das principais commodities, contribuindo para a aceleração da inflação. No Índice ao Produtor, os aumentos mais expressivos foram observados em bovinos, leite e laranja. No Índice ao Consumidor, a desaceleração menos intensa da queda dos alimentos in natura e a adoção da bandeira tarifária vermelha, patamar 1, contribuíram para a aceleração da inflação. A mão de obra na construção civil se destaca, com uma taxa interanual de 7,45%, superior à média do índice, que é de 5,23%.
A Inflação e os Índices de Preços
Em setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,70%, uma aceleração em relação ao comportamento observado em agosto, quando registrou alta de 0,29%. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais subiu 0,69% em setembro, uma inversão da taxa em relação ao mês anterior, quando registrou queda de 0,10%. Esse acréscimo foi impulsionado principalmente pelo subgrupo de alimentos in natura, cuja taxa passou de -7,11% para -0,56%, no mesmo intervalo. Além disso, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, subiu de 0,29% em agosto para 0,88% em setembro.
A Inflação e os Custos
A taxa do grupo Bens Intermediários subiu 0,57% em setembro, porém com menor intensidade que a do mês anterior, quando registrou alta de 0,93%. O principal fator que influenciou esse recuo foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 2,18% para -1,82%. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu 1,00% em setembro, após registrar alta de 0,71% em agosto. O estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou alta de 0,87% em setembro, após registrar queda de 0,05% em agosto.
A Inflação e a Valorização
A aceleração deste grupo foi influenciada principalmente por itens chave, tais como a soja em grão, que inverteu sua taxa de uma queda de 0,55% para uma alta de 2,59%, o leite in natura, cuja taxa avançou de 0,82% para 5,21%, e o café em grão, que subiu de 1,98% para 4,14%. Em contraste, alguns itens tiveram um comportamento oposto, entre os quais se destacam a cana-de-açúcar, que passou de uma alta de 1,58% para uma leve elevação de 0,06%, a mandioca/aipim, que reduziu de uma alta de 0,91% para uma queda de 0,22% e o milho em grão, que suavizou a alta em sua taxa de 2,78% para 2,44%.
Fonte: @ Portal VGV
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