Em periferia, como em Nazaré, preconceitos são comuns, afetando favelas e moradores de rua, como em Cracolândia, em uma situação de rua.
Em uma reflexão sobre a vida de Jesus, um filósofo questiona se ele seria bem recebido em um mundo onde a riqueza e o poder são as principais forças que governam as sociedades. Ele argumenta que, se Jesus estivesse vivo hoje, ele provavelmente estaria entre as pessoas mais pobres, aqueles que lutam para sobreviver em um mundo injusto.
Uma série da TV Cristo pela Visão, narrou a história de um jovem que, por sua fé, decidiu viver entre os pobres e desafortunados. Ele se tornou um exemplo de Jesus vivo, demonstrando a verdadeira essência da mensagem de amor e compaixão que Jesus pregou. Em uma realidade como a do Brasil, onde a desigualdade social é uma grande questão, a história de Jesus continua a inspirar e motivar as pessoas a buscar uma vida mais justa e igualitária.
A Profecia de Jesus: Desafiando o Status Quo
A história de Jesus Cristo é um reflexo da luta constante contra as estruturas de poder e opressão. O seu nascimento na Cisjordânia, no mundo palestino, é um lembrete de que ele nasceu em um contexto de rejeição e marginalização. Se considerarmos o paralelismo concreto, Jesus nasceria na periferia das grandes cidades, onde a situação de pobreza e desesperança é a regra. O padre Júlio Lancellotti afirma que Jesus nasceria lá na Cracolândia, onde a realidade é marcada pela precariedade e pelo sofrimento.
A notícia do nascimento de Jesus Cristo é inicialmente compartilhada com os pobres de Nazaré, que são considerados malditos e heréticos pela sociedade. No entanto, são eles que recebem a visita dos reis magos, que trazem presentes raros e são vistos como uma ameaça ao poder estabelecido. O padre Lancellotti recorda que até os reis magos, considerados pessoas de magia, eram vistos como pessoas de quem ninguém poderia se aproximar.
O Espírito do Senhor está sobre Jesus, ungi-o para pregar boas-novas aos pobres. Ele foi enviado para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos, como está escrito em Lucas, 4:18. O pastor Leandro Rodrigues destaca que o apóstolo Filipe fala de Jesus a Natanael, que pergunta: ‘pode vir alguma coisa boa de Nazaré?’. O filho de Maria é desacreditado da mesma maneira que a sociedade não acredita nos talentos e nos potenciais de muitos que vivem nas periferias, nos morros, nas favelas. O líder da Igreja Inclusiva Habitar afirma que Jesus certamente nasceria em um hospital público, em condições precárias, para depois ser criado de forma igualmente precária na periferia, onde os milagres se manifestariam de maneira surpreendente.
André Chevitarese, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que Jesus seria como muitos camponeses simples, paupérrimos, anônimos. Ele estaria querendo transformar a realidade do ponto de vista histórico. Por trás da narrativa mítica do nascimento de Jesus se esconde um vocabulário político de violenta resistência aos impérios, principalmente o romano, lá atrás, ou o americano, hoje em dia.
Fonte: @ Terra
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