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Kamala Harris, favorita para concorrer à presidência pelo Partido Democrata no lugar de Joe Biden, que desistiu da candidatura.
Ao retirar sua candidatura à presidência dos Estados Unidos e manifestar apoio a Kamala Harris, no último domingo, 21 de julho, o presidente Joe Biden colocou a vice-presidente em evidência em meio a um cenário político agitado, conforme descrito pelo jornal The Wall Street Journal (WSJ). A decisão de Biden foi considerada um movimento estratégico, que pode impactar significativamente as eleições futuras.
Kamala Harris, a candidata dos democratas à vice-presidência, agora se destaca como uma figura-chave na corrida eleitoral, seguindo os passos de Lindon B. Johnson, o último presidente a não buscar a reeleição em 1968. Sua ascensão política representa um marco na história do país, trazendo novas perspectivas e desafios para a política americana.
Kamala Harris: A Candidata dos Democratas
Aos 59 anos, Kamala Harris ainda precisa ser aprovada pelos delegados do Partido Democrata, na convenção a ser realizada entre 19 e 22 de agosto. Se acontecer, ela será a primeira mulher negra a concorrer à presidência americana. Além do apoio de Joe Biden, Kamala conta com a simpatia declarada de nomes de peso entre os democratas, como o ex-presidente Bill Clinton e o deputado Jim Clyburn.
Deixar Kamala Harris de lado poderia causar ressentimento e divisão, conforme lê-se na reportagem do WSJ. Filha de imigrantes (mãe indiana e pai jamaicano), a vice-presidente é popular entre as mulheres e os eleitores negros. Se confirmada como a candidata dos democratas, ela enfrentará uma campanha dura.
Segundo pesquisas do instituto FiveThirtyEight, Kamala Harris tem a rejeição de 51% dos americanos — e a aprovação de 37%. Uma enquete da emissora CNN, porém, já indicou que, na disputa com Donald Trump, Kamala Harris se sairia melhor do que Biden. Ela aparece dois pontos atrás do republicano, enquanto a diferença de popularidade entre o atual e o ex-presidente é de seis pontos, conforme reportagem da rede inglesa BBC.
Outras análises, entre as quais uma do WSJ, logo depois do desempenho desastroso de Joe Biden no debate com Trump, mostraram que os eleitores veem Kamala Harris tão desfavoravelmente quanto veem o presidente. Ou seja, o cenário ainda é muito nebuloso. A vice-presidente sempre se mostrou leal a Joe Biden.
Na economia, Kamala Harris tem sido uma defensora aguerrida da agenda econômica da Casa Branca, incluindo os subsídios da Lei de Redução da Inflação para carros elétricos e projetos de energia verde, o aumento do financiamento do IRS para perseguir sonegadores ricos, impostos especiais de consumo sobre recompras de ações e um imposto corporativo mínimo de 15% para grandes corporações.
Mas, como procuradora-geral e senadora, por diversas vezes, Kamala Harris se revelou mais progressista do que o atual presidente, ‘pressionando por assistência médica universal enquanto pedia benefícios fiscais mais generosos para os americanos da classe trabalhadora e defendia aumentos de impostos para as empresas’, informa o jornal The New York Times.
Em 2019, no primeiro debate presidencial democrata, então senadora da Califórnia, Kamala Harris foi dura nas críticas a Trump. Classificou os cortes de impostos do então presidente como uma dádiva aos ricos, argumentou que o mercado de ações em expansão estava deixando a classe média para trás e alertou que sua agenda comercial imprudente estava prejudicando os agricultores do interior. ‘’Francamente, esta economia não está funcionando para os trabalhadores’’, disse Kamala Harris. ‘Por muito tempo, as regras foram escritas em favor das pessoas que mais têm e não em favor das pessoas que mais trabalham’’. Com a palavra, os empresários.
No meio empresarial, Kamala Harris conta com o apoio de lideranças importantes. Entre elas, Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn e doador da campanha de Joe Biden. A presença de Kamala Harris na corrida presidencial dos democratas promete agitar o cenário político americano e trazer novas perspectivas para a reeleição de Joe Biden.
Fonte: @ NEO FEED
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