Empresa divulga resultados líquidos ajustados do terceiro trimestre amanhã, antes de abrir mercado.
A Klabin prepara-se para divulgar seus resultados do terceiro trimestre, marcados para a próxima segunda-feira (4), o que antecede a abertura do mercado. Observa-se uma expectativa de pontos significativos de melhoria, mesmo considerando um ciclo adverso no preço da celulose. Para os especialistas, a perspectiva de geração de caixa se torna cada vez mais clara.
Antes da divulgação dos resultados da Klabin, o setor de papel e celulose enfrenta um cenário complexo. A KLBN11, a ação da empresa, apresenta uma estabilidade interessante, refletindo a capacidade da empresa em manter sua vantagem competitiva. Com dividendos que podem ser ajustados, os investidores seguem de perto a Klabin à espera de uma retomada no desempenho financeiro.
Revisão de Recomendação para Klabin
A Genial Investimentos reforça sua recomendação de compra da Klabin (KLBN11), destacando a empresa como a melhor escolha defensiva no setor de celulose. Essa posição se deve à estratégia integrada de operações, foco em produtos como papel e embalagens, e o desempenho dos segmentos de papel e Embalagens. Além disso, a redução do envididamento pelo Projeto Plateau e a negociação da empresa a preços atrativos são pontos positivos.
A equipe liderada por Igor Guedes projeta uma receita líquida de R$ 4,8 bilhões (-1,3% na comparação trimestral e avanço de 11% em base anual) e lucro líquido de R$ 731 milhões, com um avanço de 132% e 198,9% nas mesmas bases de comparação. O desempenho positivo nos segmentos de Papel e Embalagens, além do arrefecimento da variação cambial da dívida, são fatores contribuintes para esses resultados.
A flexibilidade proporcionada pelo portfólio de produtos diversificado e pelo avanço de projetos estratégicos, como o Projeto Figueira, permite à Klabin capturar ganhos de forma equilibrada, consolidando-se como a melhor escolha defensiva no setor no curto prazo.
A recomendação é reforçada pela mudança recente na política de dividendos da Klabin, que rebaixou para 10 a 20% do Ebitda ajustado. Essa medida busca otimizar a caixa da empresa e melhorar sua capacidade de lidar com o ciclo de contração no preço da celulose.
Em contrapartida, o Goldman Sachs elevou a recomendação de Klabin de venda para neutra e manteve o preço-alvo em R$ 20. Os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques argumentam que a Klabin vem mostrando comprometimento com a redução de alavancagem em um momento de baixa nos preços da celulose. Eles esperam que a empresa tenha queima de caixa máxima em 2024 e retorne a gerar caixa a partir de 2025 devido à redução de investimentos e retomada do crescimento do lucro.
A desalavancagem e a retomada do crescimento do lucro são pontos importantes para a Klabin, e a espera de que a empresa comece a entregar esses resultados é um fator positivo para a coluna.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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