Redução de 20% para 10% nos direitos comerciais vendidos a terceiros para times da Série A e faixas para a Série B no Campeonato Brasileiro de Futebol impacta no planejamento financeiro e contabilidade do Grupo União, afetando o fluxo de caixa.
Representantes da Liga Forte União (LFU) se reuniram em duas ocasiões, incluindo a última segunda-feira, para debater a alteração do contrato com os investidores liderados pela Life Capital Partners (LCP) e XP Investimentos. Embora ainda faltasse a assinatura, as partes chegaram a um consenso.
A Liga Forte União (LFU), uma entidade que busca fortalecer a união entre os clubes, está próxima de concluir a negociação. A Liga está otimista em relação ao acordo, que deve ser formalizado em breve. Com a assinatura do contrato, a Forte União estará mais forte e unida do que nunca, pronta para enfrentar os desafios futuros. A união faz a força e, com essa parceria, a LFU estará mais preparada para superar obstáculos e alcançar seus objetivos.
LFU: Mudanças nos Direitos Comerciais do Campeonato Brasileiro
Os clubes da Liga Forte União (LFU) concordaram em reduzir o percentual dos direitos comerciais vendidos para terceiros, referentes aos próximos 50 anos do Campeonato Brasileiro. Inicialmente, os investidores se apropriariam de 20% das receitas durante esse período. No entanto, os clubes decidiram mudar essa porcentagem. Na Série A, os clubes reduzirão as participações para 10%. A lista inclui Athletico-PR, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza e Internacional, que vinham originalmente do grupo Forte Futebol, e Botafogo, Cruzeiro e Vasco, que pertenciam ao Grupo União e aderiram ao grupo depois.
Em muitos casos, há necessidade de devolução de dinheiro aos investidores. Em outubro do ano passado, foi paga a primeira parcela do acordo. Entre os clubes da primeira divisão, os valores depositados foram equivalentes a 12% dos direitos para a maioria dos clubes — exceto Botafogo e Cruzeiro, que receberam apenas o correspondente a 10%. Para os demais times, como seus dirigentes agora decidiram reduzir o percentual vendido para 10%, e eles receberam 12% em outubro, será preciso devolver aos investidores a quantia igual a 2% do aporte.
Impacto na Série B e na Distribuição de Direitos
Na Série B, dirigentes adotaram posturas diferentes. Enquanto alguns concordaram em reduzir seus percentuais, outros insistiram em receber os valores prometidos inicialmente. Assim, os clubes se dividirão em faixas; alguns com 15%, outros com 17%, a minoria com 20% vendidos. Por parte dos cartolas, pesou a favor da mudança do contrato a disparidade que se abriu diante da Libra — outro bloco de clubes, que não vendeu percentual algum de seus direitos comerciais para investidores. Caso a LFU se mantivesse com 20% vendidos, haveria maior desigualdade na distribuição dos direitos de transmissão do Brasileirão.
Consequências para os Clubes da LFU
A decisão de alterar o contrato com os investidores causará consequências em duas frentes para os clubes da LFU. No fluxo de caixa, há problemas a serem resolvidos pelos dirigentes nas próximas semanas. Na contabilidade, questões são mais emblemáticas do que práticas. Primeiro, em relação ao fluxo de caixa, dirigentes terão de lidar com a adaptação do planejamento para 2024 e 2025. Clubes contavam com os pagamentos da segunda e terceira parcelas dos investidores. Como esse dinheiro não cairá mais na conta de quem concordou em reduzir o percentual, pode se abrir um buraco nas contas dessas temporadas. Para quem terá de devolver verba da primeira parcela, os parceiros da LFU facilitaram as condições, com cinco anos para o pagamento.
Depois, na contabilidade, o impacto da mudança será visto nas demonstrações contábeis que serão publicadas em abril de 2025, referentes ao exercício de 2024. Nelas, os clubes precisarão fazer uma reversão dos valores que tinham sido lançados no balanço anterior. O Fluminense, por exemplo, lançou no balanço de 2023 uma receita de R$ 213 milhões referente à venda dos 20% dos direitos para os investidores da LFU. O dinheiro não foi todo recebido no ano — só R$ 122 milhões entraram no caixa —, mas a verba foi toda lançada no balanço.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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