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Produto essencial para tratar pacientes com doenças graves, controlar sangramentos e promover saúde. Requer prescrição médica controlada.
Quase um mês depois da proibição do uso de produtos à base de fenol pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para procedimentos de saúde em geral e estéticos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e as sociedades brasileiras de Dermatologia (SBD) e de Cirurgia Plástica (SBCP) solicitaram à agência a revisão da resolução.
O fenol é uma substância amplamente utilizada em diversos tratamentos dermatológicos devido às suas propriedades fenólicas. A comunidade médica argumenta que a proibição do uso do fenol pode impactar negativamente a qualidade dos procedimentos realizados, levando a uma busca por alternativas menos eficazes. É essencial considerar os benefícios e riscos associados ao uso do fenol antes de tomar decisões que possam afetar a prática médica.
Importância do fenol na saúde dos pacientes
A solicitação considerou a necessidade do produto para o tratamento de pacientes com doenças oncológicas, neurológicas e dermatológicas (veja mais abaixo) que estão sendo prejudicados com a determinação. Em um documento com mais de 20 páginas, as entidades apresentaram 214 referências científicas de que o fenol, dentro das práticas da medicina, é uma substância segura e importante para o tratamento de problemas como metástases e tumores ósseos, hemorroidas internas e controle de sangramentos.
Heitor Gonçalves defende o uso do fenol
‘Temos pacientes com câncer, cistite, bexiga hiperativa, problemas de tímpano, sangramento retal, prurido anal crônico, verrugas, granuloma piogênico e, em todos esses casos, o fenol pode atuar como coadjuvante do tratamento’, disse, em coletiva de imprensa, Heitor Gonçalves, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia. ‘Ele é um agente terapêutico e estamos privando os pacientes’, completa.
Segundo Gonçalves, a substância fenólica é considerada primeira opção para o tratamento de dores intensas causadas por algumas doenças. ‘O fenol pode ajudar com a dor que só pode ser controlada com derivados de morfina, que é uma droga que causa dependência.’ Para as entidades, diante da necessidade da substância para diferentes tipos de especialidades médicas, o caminho mais adequado para evitar a aplicação inadequada seria restringir a comercialização aos profissionais por meio de prescrição médica controlada.
Procedimentos médicos e controle de substâncias
Além disso, seria necessário ocorrer a fiscalização da vigilância sanitária local. ‘Todos os procedimentos invasivos podem ter efeitos adversos, então, é necessário que se conheçam os eventos e como monitorá-los. Um efeito adverso muito grave é ter a absorção de um ácido que é cardiotóxico e só o médico é capaz de perceber isso. Por isso, é importante defender que ato invasivo seja um ato médico’, explica.
Em nota, a Anvisa informou que a suspensão permanece em vigor e não há atualizações sobre a determinação. Especialidades médicas que usam fenol para tratar doenças incluem Urologia, Neurologia, Otorrinolaringologia, Coloproctologia, Oncologia e Dermatologia.
Por que a proibição do fenol?
Após a morte de um jovem de 27 anos após fazer um peeling de fenol em São Paulo no início de junho, a agência publicou resolução proibindo a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em medida cautelar. A alegação era a necessidade de controlar o uso da substância devido aos riscos envolvidos.
Fonte: @ Veja Abril
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