Lula recebe documento com demandas sociedade civil, consolidadas em Fórum de cooperação econômica com pilar social focado em saúde pública.
Na Cúpula do G20 Social, líderes da sociedade civil reivindicaram mudanças em políticas como a regulação financeira e o desenvolvimento sustentável. O evento contou com a participação de organizações de cidades, países e organizações multilaterais.
A Cúpula do G20 Social, realizada no Rio de Janeiro, foi um marco importante para a liderança civil. Com a participação de líderes de organizações da sociedade civil, os chefes de Estado poderão ter uma visão mais ampla de como as políticas devem ser planejadas. Isso pode impactar diretamente na forma como os estados lidam com questões como a regulação financeira e o desenvolvimento sustentável. Além disso, a Cúpula também contou com a participação de organizações multilaterais, reforçando a ideia de que a cooperação internacional é crucial para o progresso global.
Reforço Lideranças no G20 Social
Ao receber o documento final com os resultados consolidados das reivindicações da sociedade civil à Cúpula de Lideranças, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o momento como histórico. ‘Ao longo deste ano, nosso grupo adquiriu um terceiro alicerce, complementando os pilares político e financeiro com o pilar social. Aqui, se materializa a expressão e a vontade coletiva, inspiradas pela busca por um mundo mais democrático, justo e diverso’, declarou o presidente da República. Presente no evento, ao lado de líderes globais, a ministra Nísia Trindade comemorou o momento de construção coletiva e troca de experiências.’Estamos em um processo de reconstrução do SUS, desde que o presidente Lula retornou ao comando, nessa luta por espaços democráticos, na visão de um país inclusivo, trabalhando pela redução das desigualdades. São movimentos sociais unidos, trocando conhecimentos e práticas. Isso representa a diversidade do Brasil, em uma construção conjunta pelo bem coletivo’, afirmou a ministra da Saúde. O G20 Social contou com a presença de mais de 50 mil participantes em três dias de evento, com 17.703 pessoas participando ativamente dos debates. A Declaração do G20 Social insta os líderes a se engajarem em uma transformação efetivamente possível e duradoura. O texto enfatiza três pilares centrais: combate à pobreza extrema, enfrentamento das mudanças climáticas e transição justa; e reforma da governança global.
Construção Conjunta
Construído com a contribuição de grupos historicamente marginalizados – como mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência, trabalhadores da economia formal e informal, comunidades tradicionais e pessoas em situação de rua –, o texto traz a demanda de mais participação desses segmentos nos processos de governança mundial. Os movimentos pedem uma reforma urgente para que instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos multilaterais reflitam a realidade contemporânea. A reformulação do Conselho de Segurança da ONU é vista como fundamental para ampliar a representatividade global e promover soluções mais justas e eficazes.
Desafios Globais
A mudança do clima foi outro ponto destacado do documento. Os movimentos sociais exigem compromissos concretos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e proteger ecossistemas essenciais, como as florestas tropicais. A declaração propõe a criação de um fundo internacional para financiar ações de conservação e incluir as populações locais em atividades produtivas sustentáveis. ‘Vou levar as recomendações contidas na declaração final que vocês me entregaram aos demais líderes do G20 e trabalhar com a África do Sul para que elas sejam consideradas nas discussões do grupo. Espero que esse pilar social do G20 continue nos próximos anos, abrindo cada vez mais nossas discussões para o engajamento da cidadania’, continuou o presidente. Lula concluiu seu pronunciamento com uma mensagem para o público. ‘Também conto com a força de vontade e o dinamismo da sociedade civil para dois anos, trabalhando em conjunto para promover a justiça social e a igualdade, construindo um futuro melhor para todos. Nossa sociedade civil é fundamental para garantir que as necessidades e os direitos da população sejam priorizados.’
Fonte: @ Ministério da Saúde
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