Professores Carla e Gilvan apresentam criativamente o conteúdo de Machado aos alunos da Escola Estadual Professor Paulo Rolim Rosa, utilizando abordagens criativas para influenciar os jovens leitores.
É comum verem-se em jornais e revistas, artigos e reportagens sobre o Machado de Assis, mas qual a razão pela qual o nome do autor perene aparece em tantos lugares? O Globo Repórter de 1º de março último, diversos estudantes de instituições públicas e privadas foram entrevistados sobre o autor. Eles concordaram que o nome do autor não se limita aos livros que escreveu, mas sim uma referência que deve ser demonstrada no Ensino Médio.
Quando se fala em Machado de Assis, logo vem à mente o autor de clássicos como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Para ser mais específico, o autor é um dos principais representantes do Realismo e do Modernismo no Brasil. Essas características são as que definem sua obra, e ele não se limita a escrever livros, pois também deixou um legado de crônicas, contos e ensaios. Seu estilo é reconhecido por sua grande verve e capacidade de contar histórias envolventes.
Conhecendo Machado
Na Escola Estadual Professor Paulo Rolim Rosa, na zona leste de São Paulo, os professores Carla e Gilvan utilizam diversas estratégias criativas para apresentar Machado aos alunos, destacando a importância da influência do escritor em diversas áreas. O ginásio de esportes também abriga aulas de filosofia sobre o conto ‘O Espelho’, uma abordagem inovadora que combina ação física com reflexão intelectual. ‘Essa abordagem às vezes depende de pequenas demonstrações, de pequenas doses que a gente vai apresentando para eles, às vezes com meme, às vezes com a brincadeira, às vezes com uma música’, destaca o professor de filosofia, Gilvan Albuquerque Lima. Em outra abordagem, os alunos desenvolvem teatros para encenar os contos de Machado, transformando-os em dramatizações criativas. ‘Para que você pegue um conto, transforme em outro gênero textual completamente diferente, que é o da dramatização, você precisa mergulhar na obra’, ressalta a professora de português, Carla Lucatto. A descontração é essencial na sala de aula, pois ajuda os estudantes a expressar seus pensamentos sobre as obras de Machado, incluindo a abordagem textual e a criatividade necessária para compreender a dualidade do autor. ‘Ele trabalha muito aquela questão da dualidade, da dúvida. Estava fazendo uma crítica sobre as pessoas da época e que é cabível as pessoas da nossa época. A gente vê essa importância não só para o vestibular, mas para a vida’, destaca uma aluna. Os resultados são evidentes: ‘A literatura tem o dom de moldar o ser humano. Ele é um aluno muito mais crítico, que consegue enxergar as coisas de outro jeito. Eu não estou falando só dentro da escola. Eu estou falando na vida’, ressalta a professora Carla.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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