Comprar riscos de baixo desempenho e captações líquidas negativas quando fundos multimercados oferecem juros superiores a 7% e termos de risco adequados.
Entender o perfil do investidor de risco é fundamental para planejar as estratégias de investimento com eficácia. Dentre eles, os mais ousados são os que aceitam a volatilidade dos mercados, investindo em ativos como ações de fundos de multimercados, em busca de altas potencialidades de rentabilidade nos longos períodos.
Investidores de risco estão dispostos a suportar o risco de perdas significativas em troca de potenciais retornos mais altos. Para eles, o fundos de multimercados e ações são opções atraentes, oferecendo a chance de obter retornos que superem os índices de mercado. Embora esta estratégia possa ser mais arriscada, com resultados imprevisíveis, os investidores de alto risco aceitam essa incerteza em troca da possibilidade de resultados mais vantajosos.
Risco: O Desafio Para Investidores e Fundos de Risco
No Brasil, os investidores que apostaram em ativos e fundos de risco do mercado doméstico enfrentam um problema significativo: o risco não está sendo recompensado com rentabilidade. A verdade é que a certeza de não ter um retorno positivo tornou-se a realidade.
Desempenho Decepcionante dos Fundos Multimercado
Os fundos multimercado, por exemplo, tiveram um desempenho decepcionante nos últimos anos. O Índice de Hedge Funds (IHFA), calculado pela Anbima, mostra que a rentabilidade média desses fundos foi de apenas 71% do CDI no ano passado e 55% até novembro último. Isso é um sinal claro de que o risco está aumentando.
Concorrência e Percepção de Risco
A concorrência com o aumento da taxa Selic e a percepção de risco no mercado brasileiro têm afetado negativamente os fundos multimercado. Desde 2021, esses fundos têm enfrentado captações líquidas negativas frequentes, com 33 meses de saídas negativas nos últimos 35 meses. Até novembro deste ano, os saques líquidos atingiram R$ 324 bilhões.
Risco e Rentabilidade
A realidade é que o ambiente econômico no Brasil piorou significativamente desde 2021. A PEC dos precatórios, mudanças regulatórias e deterioração do quadro fiscal brasileiro fragilizaram o ambiente institucional. O efeito disso é a redução da confiança, desancoragem das expectativas e perda de valor dos ativos domésticos.
Desafio para Gestores de Fundos
Os gestores de fundos multimercado estão enfrentando um desafio significativo em captar recursos. Até o dia 29 de novembro, a amostra de fundos da Bolsa de Valores de São Paulo acumulou rentabilidade de 7,15% contra 9,85% do CDI, ou 73% do CDI. Isso é um sinal claro de que o risco está aumentando.
Risco e Desempenho
Apenas um terço dos fundos da amostra conseguiu superar o desempenho do CDI. A rentabilidade mediana foi 12,40% e a volatilidade de 2,61%. No entanto, para esses fundos, o risco foi menor que o do grupo como um todo.
Afastamento de Ativos Brasileiros
Os melhores desempenhos foram obtidos pelos gestores que preferiram se afastar dos ativos brasileiros. Embora a filosofia de investimentos dos multimercados seja diversificar os riscos, a concentração foi premiada. Os campões em rentabilidade foram os gestores que preferiram se afastar dos ativos brasileiros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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