Michel Barnier tenta aprovar Orçamento de 2025 sem Assembleia Nacional. Seu governo deve cair, impasse político a vista, crise fiscal tende a escalar, 60 bilhões em cortes de despesas, cenário grego, Reunião Nacional do partido de extrema-direita segunda-feira, 2 de dezembro.
A França está mergulhada em um impasse político e econômico sem precedentes desde os últimos 60 anos, com o primeiro-ministro Michel Barnier tomando uma medida desesperada. Ele invocou o artigo da Constituição francesa que permite a aprovação do projeto de Orçamento do ano seguinte sem a necessidade de aprovação da Assembleia Nacional.
A medida, que visa evitar um colapso completo do estado, leva em consideração a importância dos impostos para o Orçamento do país e seu impacto direto no pacote de medidas proposto pelo governo. A equipe do ministro das Finanças, Bruno Le Maire, trabalhou incansavelmente para elaborar um pacote de medidas que atinja os 17 bilhões de euros, como estabelecido no Orçamento. O projeto prevê cortes significativos em vários setores, incluindo o Orçamento de Defesa e a Indústria Espacial, mas também inclui injeções de capital em outras áreas estratégicas. A ideia é que o novo Orçamento tenha a aprovação da Assembleia Nacional e possa entrar em vigor no início do ano. O primeiro-ministro Barnier acredita que a medida é necessária para evitar o colapso do estado e continuar a implementação do pacote de medidas. A equipe do ministro trabalhou incansavelmente para elaborar o projeto, com o objetivo de atender às necessidades do país e manter a estabilidade política e econômica.
Impostos: A Batalha por um Orçamento Sustentável
No último dia 2, de dezembro, o Fraco Governo de Barnier enfrentou mais um desafio quando sua proposta de Orçamento para 2025, com € 60 bilhões em cortes de despesas e aumento de impostos para reduzir o déficit, foi rejeitada pela Assembleia Nacional. Este cenário levou a especulações sobre o futuro do país e a possibilidade de um novo pacote econômico.
A perspectiva de um Orçamento com impostos aumentados e redução de despesas trouxe preocupações aos investidores, que reagiram negativamente à notícia, fazendo o euro cair 0,9% ante a cotação do dólar. O mercado de ações da França também sofreu com a notícia, com o índice CAC 40 caindo 0,5%.
A França enfrenta um grave impasse político e econômico, com um déficit do Orçamento que saltou para 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, muito acima do limite de gastos estabelecido pela União Europeia. Além disso, a dívida pública explodiu para € 3,2 trilhões, ou mais de 112% do PIB do país.
Essas cifras alarmantes levaram o governo a considerar cortes de despesas e aumento de impostos. No entanto, a Reunião Nacional, partido de extrema-direita com maior número de cadeiras, rejeitou as propostas do governo, dizendo que elas não iam longe o suficiente. O partido exige a indexação total das pensões à inflação, o que aumentaria ainda mais o déficit do Orçamento.
A situação política se torna cada vez mais complicada, com a possibilidade de vários votos de confiança entre 4 e 20 de dezembro. O economista Alexandre Stott, do Goldman Sachs, alertou que as perspectivas fiscais de médio prazo da França continuam ‘desafiadoras’ e que uma correção significativa de curso é improvável até as próximas eleições presidenciais em 2027.
O país enfrenta um cenário grego, com uma crise política, econômica e financeira sem fim. A França precisa encontrar uma solução para seus problemas fiscais e criar um Orçamento sustentável para evitar o colapso econômico. A batalha pelo Orçamento é apenas o início de uma longa jornada para o país encontrar um caminho para a estabilidade econômica.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo