O vice-presidente de futebol rubro-negro revelou que a decisão da promessa da CBF para o campeonato Brasileiro de 2021 foi tomada de forma interno, com o técnico e o departamento de futebol em um ambiente fantástico.
O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, reconheceu que cometeu um erro ao não cumprir uma promessa feita durante seu período à frente do departamento de futebol. Ele afirmou que o erro foi grave o bastante para afetar a confiança dos torcedores, e que talvez tenha contribuído para a demissão de outros funcionários.
Na ocasião, Braz lembrou que a diretoria do clube ingressou no cargo após um período conturbado que incluía o aumento de erros cometidos por diferentes setores do time. Ele mencionou que houve uma decisão importante que foi tomada sem uma abordagem adequada, levando a uma série de consequências negativas. No entanto, Marcos Braz reiterou sua confiança no ambiente de trabalho da nova diretoria e na capacidade deles em fazer mudanças necessárias para o Flamengo.
Erros no passado
Marcos Braz, ex-presidente do Flamengo, compartilhou em entrevista que ao contrário do que muitos pensam, ele reconhece ter cometido erros em seu mandato. Sua admisão de erro mais recente se refere à demissão do técnico Rogério Ceni durante a temporada de 2021:
Renato Gaúcho, uma escolha equivocada?
– Acho que foi um dos erros que cometi: ter mandado Rogério Ceni embora. Nunca falei isso. Não é que eu me arrependi, até porque quem veio foi o Renato Gaúcho, pessoa fantástica e técnico fantástico. Mas acho que deveria ter optado por manter Rogério Ceni ao comando do time. O Flamengo estava sendo muito comprometido em relação às convocações do Tite, e havia uma promessa da CBF de estender o campeonato. Infelizmente, o campeonato não foi estendido, e a equipe foi obrigada a jogar uma loucura, com sete partidas em apenas 18 dias. Rogério Ceni pegou uma parte dessa turbulência, e fizemos a opção de mandá-lo embora.
Consequências da turbulência
Contratado em novembro de 2020, Rogério Ceni não conseguiu resistir aos maus resultados do início do Campeonato Brasileiro de 2021 e ao ambiente conturbado interno. Na época, o desgaste no departamento de futebol era crescente, e o treinador estava cada vez mais isolado e desconfiado da maioria daqueles que o cercavam no Ninho do Urubu. O silêncio da diretoria mesmo após os conflitos terem vindo a público aumentava ainda mais o incômodo. O anúncio da demissão aconteceu na madrugada do dia 10 de julho de 2021.
Conquistas e pedidos de demissão
Rogério Ceni comandou o Flamengo em 45 jogos, teve 59,2% de aproveitamento (23 vitórias, 11 empates e 11 derrotas) e conquistou três títulos: um Brasileiro (2020), um Carioca (2021) e uma Supercopa do Brasil (2021). Segundo Braz, o técnico pediu duas vezes para ser demitido antes das três conquistas: – Rogério Ceni me pediu duas vezes para ser demitido antes de ser campeão brasileiro. Duas vezes no vestiário. O Flamengo não tinha sido campeão de nada ainda com ele, foi quando o Brasileiro se estendeu um pouco mais no outro ano, e tivemos jogos acho que contra Ceará ou Fluminense, não me recordo. A gente perde, vai para uma sala, eu e ele sozinhos, e ele fala: ‘Marcos, eles não estão entendendo o que eu quero falar, acho que estou atrapalhando, eu quero sair’.
Um erro no processo de contratação
Questionado sobre outro erro no período, Braz citou também o processo de contratação de um novo técnico após a saída de Jorge Jesus em 2020: – Um momento que eu deveria ter brigado mais, deveria ter sido mais contundente: quando o Jorge Jesus sai, o Flamengo tinha um valor para o Jorge.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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