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Camisa 10, emocionado, liderou transformações na modalidade feminina, disputando competições nacionais e olímpicas, com grande impacto na imprensa esportiva.
‘Chore no começo para sorrir no fim’. Além de ser uma frase marcante, as palavras de Marta refletem a determinação e a garra da jogadora em busca de seus objetivos. A atleta, conhecida como a Marta, é uma referência no futebol feminino e inspira milhares de meninas ao redor do mundo.
Apesar da eliminação na Copa Feminina de 2019, a Marta mostrou mais uma vez por que é considerada uma verdadeira craque do esporte. Sua habilidade e liderança dentro de campo são admiradas por torcedores e colegas de equipe. A Marta é um exemplo de superação e dedicação, e seu legado no futebol feminino é inegável.
Marta: O Legado de uma Craque
O tão sonhado ouro olímpico escapou das mãos de Marta em sua sexta e última tentativa, mas a craque de 38 anos pode se despedir das grandes competições com orgulho. Marta foi testemunha e protagonista das transformações da modalidade nas últimas duas décadas.
Em 2002, aos 16 anos, Marta chegou à seleção brasileira, em um cenário em que o futebol feminino nacional estava longe de qualquer organização. A primeira competição nacional feminina, a Taça Brasil, durou de 1983 a 1990, seguida por um Campeonato Brasileiro embrionário da CBF entre 1993 e 2001.
A geração de Marta surgiu em meio ao nada, mas suas conquistas ajudaram a expor a realidade invisível do futebol feminino brasileiro para todo o país, inclusive para a imprensa esportiva. As entrevistas após as pratas olímpicas e o vice na Copa do Mundo eram marcadas por pedidos desesperados por apoio e estrutura.
Marta desabafou na cerimônia de entrada na Calçada da Fama do Maracanã após a conquista do ouro no Pan 2007, destacando a importância de mais apoio e estrutura para o futebol feminino. A craque, eleita melhor jogadora do mundo pela Fifa em 2006, defendia não só sua causa, mas a de todas as jogadoras que precisavam de oportunidade no Brasil.
A voz de Marta se tornava cada vez mais poderosa, influenciando a criação da Copa do Brasil Feminina em 2007 e do Campeonato Brasileiro em 2013. A pressão feita pelos grandes nomes da seleção, com Marta à frente, foi fundamental para o desenvolvimento do futebol feminino no país.
Após a derrota na final da Copa do Mundo Feminina de 2007, Marta lamentou outra chance de título perdida, mostrando a ambição e a determinação de uma verdadeira craque. A busca pelo ouro olímpico continuou nas Olimpíadas de Pequim-2008, mas a dura derrota para os Estados Unidos na final deixou um gosto amargo.
Marta e suas colegas de seleção sentiram o peso da busca pela glória, mas o legado da craque transcende as competições. Sua luta por mais visibilidade, apoio e estrutura para o futebol feminino brasileiro deixou um marco na história do esporte, inspirando gerações futuras de Martas e craques em potencial.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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