Levantamento do Conselho Federal de Medicina mostra que a quantidade de médicos por mil habitantes mais que dobrou em 13 estados entre 2010 e 2024, especialmente na região Sudeste, onde houve investimento em recursos humanos, infraestrutura e programas de formação em saúde.
De acordo com um estudo recente do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgado em 15 de outubro, o Brasil experimentou um aumento significativo no número de médicos por mil habitantes entre 2010 e 2024. No entanto, a distribuição desses profissionais pelo país ainda é um desafio, com uma concentração excessiva na região Sudeste.
Essa concentração de médicos na região Sudeste é um problema que afeta a qualidade da assistência médica em outras regiões do país. Além disso, a falta de profissionais de saúde em áreas mais remotas pode levar a uma maior mortalidade e morbidade. É fundamental que sejam implementadas políticas públicas para atrair e reter profissionais em áreas carentes, garantindo assim uma distribuição mais equitativa de médicos e melhorando a saúde da população brasileira. A saúde é um direito fundamental e deve ser garantida para todos.
Desigualdade na Distribuição de Médicos no Brasil
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a quantidade de médicos no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos, com um crescimento de mais de 100% em 13 estados. No entanto, essa expansão não foi uniforme em todo o país, com algumas regiões apresentando uma concentração maior de profissionais de saúde.
A região Sudeste, que abriga 41% da população brasileira, conta com 3,76 médicos por mil habitantes, o que representa 51% do total de médicos no país. Já a região Norte, que tem 8,6% da população, apresenta uma razão de apenas 1,73 médicos por mil habitantes, o que é abaixo da média nacional de 3,07.
A região Nordeste, que concentra quase 27% da população, tem 2,22 médicos por mil habitantes, enquanto o Sul, com 15% da população, apresentou razão de 3,27 médicos por mil habitantes. O Centro-Oeste, que concentra 8% da população, tem uma razão de 3,39 médicos por mil habitantes.
A Necessidade de Políticas Públicas para Aumentar o Acesso a Médicos
O presidente do CFM, José Hiran Gallo, enfatizou a necessidade de políticas públicas para aumentar o acesso a médicos em todo o país. ‘É imprescindível o desenvolvimento de uma política de recursos humanos robusta para a assistência ao SUS, enfatizando a criação de atrativos aos profissionais para sua fixação em regiões com maior dificuldade de provimento’, disse.
Como exemplos, Gallo citou incentivos à atuação em regiões carentes, investimentos em infraestrutura de saúde e programas de formação de profissionais com foco nas necessidades específicas de cada região para fixar médicos em áreas distantes.
O Programa Mais Médicos, iniciativa do Governo Federal, é um exemplo de política pública que visa levar médicos a regiões com ausência ou escassez desses profissionais. Desde 2013, o programa tem como objetivo aumentar o acesso a médicos em todo o país.
Desafios para a Saúde Pública no Brasil
A desigualdade na distribuição de médicos no Brasil é um desafio para a saúde pública no país. A falta de profissionais de saúde em algumas regiões pode levar a uma diminuição na qualidade do atendimento e a uma maior mortalidade.
É fundamental que o governo e as autoridades de saúde trabalhem juntos para desenvolver políticas públicas que aumentem o acesso a médicos em todo o país. Isso pode incluir a criação de incentivos para que os profissionais sejam atraídos para regiões carentes, investimentos em infraestrutura de saúde e programas de formação de profissionais.
Somente com uma abordagem integral e coordenada é que podemos garantir que todos os brasileiros tenham acesso a médicos qualificados e a uma saúde de qualidade.
Fonte: @ Veja Abril
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