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Saldo do Dia: Índice em queda devido a temores de juros altos por mais tempo. Prévia da inflação no Brasil e PIB dos EUA dificultam redução de taxas.
O mercado teve um desempenho surpreendente nesta semana, com a terceira alta consecutiva. Apesar das incertezas que pairavam sobre o mercado nos últimos dias, a recuperação foi notável. A valorização de alguns setores foi fundamental para impulsionar o mercado e trazer otimismo aos investidores.
Os investimentos no setor financeiro foram os grandes destaques, contribuindo significativamente para a recuperação do mercado. A volatilidade ainda é uma preocupação, mas a confiança dos investidores parece estar se fortalecendo. Acompanhar de perto as movimentações do mercado e analisar as oportunidades de investimentos tornou-se essencial para quem deseja obter bons resultados.
Mercado Financeiro: Ibovespa e IPCA-15
O mercado financeiro teve um dia movimentado, com o Ibovespa apresentando uma leve queda de 0,37%, fechando aos 125.954 pontos nesta quarta-feira. Apesar disso, o mês de julho ainda registra uma alta acumulada de 1,65%, mostrando certa resiliência em meio às oscilações. No entanto, no acumulado do ano, as perdas chegam a 6,13%, refletindo a volatilidade presente no cenário atual.
O volume de negociações atingiu R$ 12,8 bilhões, mantendo-se dentro da média dos últimos 12 meses, que é de R$ 16,7 bilhões por pregão. Esses números demonstram a movimentação intensa no mercado, com investidores atentos às oportunidades e riscos envolvidos.
Por outro lado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) apresentou um aumento de 0,30% em julho, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado superou as projeções dos analistas, indicando pressões inflacionárias que podem impactar as decisões futuras do mercado.
Com o IPCA acumulando uma alta de 4,45% nos últimos 12 meses, acima dos 4,06% registrados anteriormente, surgem preocupações em relação à perspectiva de juros elevados e aversão ao risco. A Medida IPCA-15 reflete a realidade econômica do país e pode influenciar as decisões de investimentos no curto e médio prazo.
A expectativa em relação à próxima semana acumulada gira em torno da manutenção da taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano. Esse cenário é influenciado pelo comportamento do Copom, que tem pausado os cortes na taxa de juros, diante do cenário de inflação e risco presentes no mercado financeiro.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o PIB registrou um crescimento de 2,8% no segundo trimestre de 2024, superando as expectativas dos analistas. Esse desempenho reflete a resiliência da economia americana diante de desafios como as elevadas taxas de juros, impactando as decisões de investimento em escala global.
A divulgação do indicador de preços de consumo pessoal (PCE) será aguardada com expectativa, uma vez que esse dado influencia diretamente a política monetária do Fed. O mercado financeiro está atento a cada movimento do banco central americano, refletindo a interconexão dos mercados globais.
No contexto nacional, a volatilidade do mercado é evidenciada pela fuga de dólares, queda nos preços de ativos de risco e aumento dos prêmios de risco na renda fixa. Esses fatores contribuem para um cenário de incertezas e desafios para os investidores, que buscam estratégias para mitigar os impactos negativos.
Além disso, a realização de lucros é uma prática comum no mercado, onde os investidores aproveitam as altas para vender ativos e garantir ganhos. Esse movimento pode explicar parte da queda vista no Ibovespa, após um início de mês com ganhos consistentes, evidenciando a dinâmica do mercado de investimentos.
A desvalorização do minério de ferro também impacta as empresas de mineração, como a Vale, que enfrentam desafios em meio às oscilações do mercado. O resultado do segundo trimestre será aguardado com expectativa, diante do cenário econômico desafiador e das perspectivas futuras para o setor.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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