Reunião de Alto Nível sobre Gestão do Trabalho e Política Nacional ocorreu nos EUA. Próximo encontro será em março de 2025 no Brasil, abordando Cooperação Regional e Proteção Social.
A migração de profissionais da saúde é um tema cada vez mais relevante nas Américas, especialmente em um contexto de crescente demanda por serviços de saúde de qualidade. Nos dias 17 e 18 de outubro, Washington, D.C. sediou a Reunião de Alto Nível sobre Migração e Mobilidade de Profissionais da Saúde nas Américas, com a presença de representantes de diversos países das Américas e da Europa, além de importantes organizações internacionais.
Essa reunião foi fundamental para discutir as implicações da migração de profissionais da saúde na região, incluindo o impacto no trânsito de talentos e a necessidade de políticas públicas que promovam a mobilidade de profissionais da saúde de forma ética e responsável. Além disso, foi destacada a importância de movimento conjunto entre os países para enfrentar os desafios da saúde global. A cooperação internacional é essencial para garantir a qualidade dos serviços de saúde.
Migração de Trabalhadores da Saúde: Desafios e Oportunidades
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) promoveu um evento que abordou os desafios e as oportunidades relacionados à migração de trabalhadores da saúde, com o objetivo de desenvolver diretrizes estratégicas e promover a colaboração entre os países da região. A secretária da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Isabela Pinto, mediou debates entre diferentes países e apresentou a experiência do Brasil na área, destacando a importância da mobilidade de profissionais da saúde e a necessidade de políticas que assegurem melhores condições de trabalho.
A delegação brasileira também incluiu o diretor de Gestão e Regulação do Trabalho em Saúde (Degerts), Bruno Guimarães, que enfatizou a importância da cooperação regional para minimizar os impactos negativos da migração e maximizar seus benefícios, especialmente na América Latina. Ele destacou que o alinhamento entre os países de origem e destino dos profissionais é essencial, garantindo condições de trabalho adequadas, não violentas, proteção social e incluir a perspectiva de migração familiar.
Políticas Públicas e Cooperação Regional
Durante o evento, Isabela Pinto reforçou o compromisso do Brasil com uma abordagem coordenada para a mobilidade de profissionais da saúde, alinhada ao Código de Práticas Mundial da OMS sobre Contratação Internacional. Ela afirmou que o Brasil foi reconhecido por suas políticas de migração de trabalhadores da saúde, mencionando que o país contribuiu para o aprimoramento do código, ao compartilhar experiências da Política Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
A secretária também destacou a importância da cooperação regional para promover o recrutamento de forma ética e justa, e anunciou que o Brasil sediará o próximo encontro em março de 2025, para aprofundar as discussões iniciadas em Washington. Representantes de organizações internacionais como o Banco Mundial, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) também participaram do evento, enfatizando a necessidade de uma abordagem coordenada para a gestão do trânsito de profissionais da saúde.
Desafios e Oportunidades da Migração
As discussões focaram na criação de uma nova agenda de políticas públicas que busque otimizar o impacto positivo da migração de profissionais da saúde, ao mesmo tempo em que mitigue os desafios, promovendo maior equidade no setor em toda a região. A reunião de alto nível destacou a importância da proteção social e da cooperação regional para minimizar os impactos negativos da migração e maximizar seus benefícios.
A migração de trabalhadores da saúde é um desafio complexo que requer uma abordagem coordenada e cooperativa entre os países. A criação de políticas públicas que promovam a mobilidade de profissionais da saúde, garantindo condições de trabalho adequadas e proteção social, é fundamental para otimizar o impacto positivo da migração e promover maior equidade no setor.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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