Países europeus suspenderam pedidos de asilo de cidadãos sírios após queda de Bashar al-Assad. No entanto, refugiados são apreciados por sua qualificada mão de obra em setores como educação, saúde e construção, observado a demanda por trabalhadores nas áreas de guerra civil.
Em meio aos apelos crescentes entre europeus para repatriar migrantes sírios após a queda do regime de Bashar al-Assad, o bloco enfrenta um desafio significativo: a migração de trabalhadores qualificados. A Alemanha, por exemplo, agiu rápido ao anunciar a suspensão dos pedidos de asilo de cidadãos sírios em 8 de dezembro, mas esta decisão não resolve os problemas de falta de mão de obra.
A decisão da Alemanha de suspender os pedidos de asilo de cidadãos sírios em resposta à queda de Assad é apenas um exemplo da migração de trabalhadores qualificados. No entanto, esta medida não consegue preencher lacunas de mão de obra qualificada em diversos setores. Com a suspensão dos pedidos de asilo, alguns países europeus enfrentam dificuldades em encontrar trabalhadores qualificados para ocupar vagas importantes, como na indústria de tecnologia e na saúde. Além disso, a falta de mão de obra qualificada pode afetar negativamente a economia e a competitividade desses países no mercado global.
Reações de países europeus à crisis síria
A migração foi um tema sensível na Europa, especialmente após a guerra civil na Síria, que forçou mais de 1,5 milhão de sírios a se estabelecerem na região desde 2011. A queda do regime sírio levou a uma reação dos governos europeus, que suspendeu as decisões sobre mais de 47 mil pedidos de asilo pendentes. Este movimento foi seguido por outros países, como França, Reino Unido e Itália.
Um contraste com a resposta de 2015
A decisão atual contrasta com a resposta da Europa em 2015 e 2016, quando os países acolheram os refugiados sírios com abertura. Nessa época, os alemães recebiam os refugiados nas estações ferroviárias com garrafas de água e comida, um contraste com a atual política de ‘repatriar e deportar’. A rápida decisão levanta preocupações sobre a capacidade da Europa de lidar com a demanda por trabalhadores qualificados e a lacuna de mão de obra.
Desafios na Síria
O caos na Síria, onde o principal grupo rebelde, a Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham), tenta estabelecer um governo interino, agrava a situação. Além disso, a Europa enfrenta a turbulência na região, que afeta a migração e a capacidade de preencher as lacunas de mão de obra qualificada.
Escassez de mão de obra na Europa
A União Europeia enfrenta uma escassez crítica de mão de obra, especialmente de trabalhadores qualificados. A demanda por trabalhadores é alta, e a migração pode ajudar a aliviar essa demanda. No entanto, a política de repatriar e deportar refugiados sírios pode ofuscar essa prioridade.
A necessidade urgente de trabalhadores
A analista Anastasia Karatzas destaca a necessidade urgente de lidar com a escassez de mão de obra na Europa. Além disso, há a exploração de trabalhadores migrantes em situação irregular. A priorização do retorno de refugiados pode ofuscar essas outras prioridades.
Integração dos sírios na Alemanha
A integração dos sírios na Alemanha foi mais do que esperado. Philipp Jaschke, pesquisador sobre mercado de trabalho, afirma que os esforços funcionaram muito melhor do que o esperado. No entanto, a política atual de repatriar e deportar pode afetar a capacidade da Alemanha de preencher as lacunas de mão de obra qualificada.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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