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Um bebê de seis meses morreu por coqueluche em Londrina, Paraná. Primeira morte registrada no Brasil em três anos.
Uma criança de seis meses faleceu após contrair coqueluche em destaque em São Paulo, no sudeste do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Esta é a primeira fatalidade reportada no país em dois anos.
A tosse intensa causada pela coqueluche em evidência pode levar a complicações graves, como convulsões. É fundamental estar atento aos sintomas e buscar assistência médica imediatamente em caso de suspeita da doença.
Coqueluche em Evidência: Aumento dos Casos e Alerta Epidemiológico
Um segundo óbito está sendo investigado também no Paraná. Nos últimos cinco anos, foram registrados no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) 12 mortes pela doença, sendo 11 em 2019 e uma em 2020, no estado do Paraná. Desde 2021 não haviam óbitos. A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, em nota, afirmou que o bebê estava internado no Hospital Evangélico, era prematuro e ‘apresentava atraso nas vacinas do Programa Nacional de Imunização’. O segundo caso, ainda em investigação, é a morte de um bebê de três meses, residente em Irati, sudoeste do Paraná.
A coqueluche, também conhecida como coquelucho, é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Transmitida principalmente por gotículas de tosse ou espirro, a doença é mais grave em crianças, sendo uma das principais causas de doença e morte nesse grupo. Os primeiros sintomas surgem de sete a dez dias após a infecção e incluem febre leve, coriza e tosse, que evolui para tosse convulsa.
Os casos de coqueluche no Brasil têm aumentado significativamente. De janeiro a junho deste ano, foram confirmados 339 casos, superando os 214 registrados em todo o ano de 2023, segundo o Sinan. Os estados com mais casos são São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Em São Paulo, 122 casos foram notificados em 2023. Nos seis primeiros meses de 2024, foram 165 registros.
No Paraná, o Sinan registrou 55 casos no primeiro semestre deste ano, comparados a nove no mesmo período do ano passado. Em 2023, o estado teve 17 casos confirmados. Minas Gerais registrou, até junho de 2024, 15 ocorrências ante 13 em 2023. A maioria dos casos ocorre em crianças menores de um ano.
A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde), emitiu um alerta epidemiológico sobre o aumento de casos de coqueluche no continente americano, recomendando maior vigilância e atenção às coberturas vacinais em crianças menores de cinco anos, especialmente em grupos com baixas coberturas.
O declínio da cobertura vacinal durante a pandemia de Covid-19 contribuiu para o aumento dos casos de coqueluche em nível global e em alguns países da região das Américas. Entre 2010 a 2019, foram reportados cerca de 170 mil casos anuais de coqueluche no mundo. Com as restrições de circulação impostas pela pandemia, esse número caiu para menos de 54 mil, três vezes menor do que a média do período anterior. Em 2021, registrou-se o menor número de casos globais, com quase 30 mil notificações.
Entretanto, em 2023, na região europeia da OMS, foram notificados mais de 30 mil casos. Houve um aumento significativo no segundo semestre de 2023 e no primeiro semestre de 2024. Em maio deste ano, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) alertou para a necessidade de medidas preventivas para conter a propagação da coqueluche.
Fonte: © TNH1
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