Foram debatidas políticas de saúde pública para reduzir a mortalidade materna, visando equidade étnico-racial em um sistema único de cuidados materno-infantis.
Em meio aos grandes obstáculos encontrados pelas políticas públicas de saúde está a luta contra as disparidades sociais, raciais e de gênero. Hoje, quinta-feira (5), a ministra Nísia Trindade encontrou-se com integrantes da Rede de Cuidados Materno-Infantil para discutir maneiras de diminuir a mortalidade materna no Sistema Único de Saúde (SUS).
A ministra Nísia Trindade destacou a importância das redes de cuidados para garantir atendimento de qualidade a todas as gestantes e recém-nascidos. Além disso, ressaltou a necessidade de investimentos contínuos na promoção da saúde e na prevenção de agravos, visando sempre a melhoria dos indicadores materno-infantis no Brasil.
Contexto da Saúde Pública no Brasil
No Brasil, as mulheres constituem aproximadamente 70% dos usuários da rede pública de saúde. Dentre essas, 60,9% são identificadas como pretas e pardas, conforme os dados coletados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE). A discussão sobre a equidade étnico-racial foi um dos temas abordados na reunião com profissionais da área e os movimentos que se dedicam à saúde da mulher. Durante esse encontro, a Ministra, Nísia Trindade, destacou a relevância da escuta ativa entre os participantes e enfatizou a urgência de transformar o cenário atual.
A Importância do Cuidado Integral
‘Assumimos a gestão cientes dos desafios que teríamos pela frente e conseguimos restabelecer a cobertura vacinal em todo o país. Coloco a questão do cuidado integral à gestante e ao bebê, assim como a redução da mortalidade materna, em um mesmo nível de prioridade. Com comprometimento, é viável promover mudanças’, afirmou a Ministra, Nísia Trindade. Melania Amorim, médica e representante da Rede Feminista de Médicas Ginecologistas e Obstetras, que atuou em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) obstétrica durante a pandemia, expressou sua emoção durante a reunião.
Desafios da Mortalidade Materna
‘A mortalidade materna é sempre uma tragédia, mas naquele período foi especialmente devastadora. Isso me impactou profundamente. Estar aqui hoje e discutir políticas públicas já representa um avanço significativo para a nossa categoria’, declarou Melania. Os secretários de Atenção Primária à Saúde e de Atenção Especializada à Saúde, Felipe Proenço e Adriano Massuda, respectivamente, também marcaram presença no encontro, juntamente com Grace Souza, diretora do Departamento de Gestão do Cuidado Integral, e Aline Costa, diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência.
Compromisso com as Redes de Cuidados
Os secretários Adriano Massuda (SAES) e Felipe Proenço (SAPS) participaram ativamente do encontro, que teve como foco a construção de redes de cuidados e a implementação de políticas que garantam a saúde pública. A Ministra, Nísia Trindade, reafirmou a necessidade de fortalecer as redes de cuidados, especialmente no que diz respeito aos cuidados materno-infantis, reconhecendo que a mortalidade materna deve ser uma prioridade nas ações do governo.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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