Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância: protegendo o desenvolvimento infantil e a saúde mental no Sistema Único de Saúde.
A Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância é um momento importante para refletir sobre a proteção das crianças e a necessidade de enfrentar os diversos tipos de violência que elas podem sofrer. Começa neste sábado (12) e vai até sexta-feira (18), essa semana é uma oportunidade para reforçar o papel fundamental de toda a sociedade em garantir a segurança e o bem-estar das crianças.
É fundamental que todos estejamos atentos aos sinais de abuso e agressão e que tomemos medidas para prevenir esses tipos de violência. Além disso, é importante lembrar que a negligência e os maus-tratos também são formas de violência que podem ter consequências graves para a saúde e o desenvolvimento das crianças. É nossa responsabilidade proteger as crianças e garantir que elas cresçam em um ambiente seguro e amoroso. Juntos, podemos fazer a diferença e criar um futuro melhor para as crianças.
Violência na Primeira Infância: Um Desafio Nacional
A primeira infância, período que vai da gestação até os seis anos de vida, é fundamental para a formação de um cidadão mais voltado para a convivência social e à cultura da paz. É nesse período que ocorre um rápido e intenso processo de formação das conexões neurais e de desenvolvimento do cérebro e de todo o sistema nervoso central. As experiências vividas pela criança nesse período são determinantes para a estrutura neural que vai desenvolver as habilidades socioemocionais, físicas e cognitivas, essenciais para uma boa saúde mental e física durante toda a vida.
A violência na primeira infância pode ter consequências graves e duradouras, incluindo abuso, agressão, maus-tratos e negligência. É importante que os profissionais de saúde estejam atentos aos sinais e sintomas que possam indicar violência, como choros e irritabilidade sem motivo aparente, olhar indiferente, apatia ou tristeza constante, atraso no desenvolvimento, perdas ou regressão de etapas atingidas, dificuldades na amamentação, distúrbios do sono, afecções de pele frequentes, sem causa aparente, dificuldades de socialização e tendência ao isolamento, ansiedade ou medo ligado a determinadas pessoas, sexo, objetos ou situações.
Prevenção da Violência na Primeira Infância
Em 2024, o Ministério da Saúde vai promover diversas ações no Sistema Único de Saúde (SUS) para que profissionais de saúde possam identificar sinais e sintomas que possam ser indicativos de violência. A coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde, Sonia Venancio, reforça que maus-tratos trazem prejuízo ao desenvolvimento infantil, e que as crianças aprendem com o comportamento dos adultos. Sonia lembra que na primeiríssima infância, que vai até os três anos, o cuidado com casos de violência deve ser ainda maior, pois as crianças ainda não sabem expressar o que estão sentindo ou interpretar o que aconteceu, o que torna mais difícil identificar agressões.
A Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância, instituída pela Lei 11.523/2007, é realizada anualmente no período de 12 a 18 de outubro. Ela é promovida para conscientizar a população sobre a importância desse período da vida na formação de um cidadão voltado para a convivência social e para a cultura de paz. A violência na primeira infância é um desafio nacional que exige a atenção e o compromisso de todos para prevenir e combater. É fundamental que os profissionais de saúde, os pais e a sociedade em geral estejam atentos aos sinais e sintomas de violência e trabalhem juntos para criar um ambiente seguro e protegido para as crianças.
Fonte: © A10 Mais
Comentários sobre este artigo