Levantamento em nove estados revelou que a Bahia lidera em mortes, enquanto São Paulo registrou aumento de 21,7% em mortes provocadas por violência policial, doenças física e mental afetam especialmente pessoas negras, pobres e jovens, com ação da Rede de Observatórios da Segurança e da Polícia Estaduais.
A atuação da polícia tem sido crucial em muitas cidades brasileiras, onde a violência tem aumentado nos últimos anos. Em 2023, os jovens entre 18 e 29 anos são os principais alvos de violência letal nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os governos estaduais eleitos em 2022 começaram a implementar medidas de segurança pública nos seus respectivos territórios. A polícia continua a ser a principal força de segurança, mas é crucial que também estejam envolvidos outros agentes de segurança, como os serviços de saúde e assistência social, para lidar com as causas raízes da violência. Em alguns casos, a polícia tem conseguido reduzir a violência, como no Rio de Janeiro, onde houve uma diminuição significativa no número de mortos em 2023. No entanto, ainda há muito a ser feito.
Letalidade Policial Expondo Padrões de Violência
A realidade enfrentada por pessoas negras, pobres e jovens é marcada por uma brutalidade policial, com ocorrências alarmantes em estados como Bahia, Ceará e São Paulo. Segundo o Boletim Pele Alvo: Mortes que Revelam um Padrão, os dados de 2023 são desoladores, com pelo menos oito pessoas vitimadas pela polícia a cada dia, nos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança. Essa constatação é um reflexo de um padrão de violência policial que precisa ser enfrentado de forma urgente.
Mortos e Perseguidos: Um Padrão de Violência Policial
De 3.169 casos contabilizados, uma assustadora parcela de 87,8% das vítimas eram pessoas negras, pobres e tinham idades entre 18 e 29 anos. Além disso, uma fatia significativa era ainda mais jovem, com idades entre 12 e 17 anos. Foram 243 mortes, cifra chocante que merece atenção e abordagem séria. Notícias relacionadas, como a violência policial em Paraisópolis, mostram que o problema é complexo e requer esforços conjuntos para resolver.
Agentes de Segurança: Uma Questão de Consciência e Política
A Bahia, com 1.702 assassinatos provocadas por agentes de segurança estaduais, mantém o recorde de letalidade, enquanto o Ceará apresenta um número de negros vitimados oito vezes maior do que o de brancos. Em São Paulo, o aumento de 21,7% no número de mortes provocadas pela polícia é alarmante, com 66,3% das vítimas sendo negras. Esses dados reforçam a necessidade de uma política de segurança pública eficaz, que priorize a vida e a dignidade de todos os cidadãos.
Consequências da Violência Policial: Saúde Mental e Física
A violência policial não apenas toma a vida de muitos, mas também provoca danos físicos e mentais para as comunidades afetadas. A Rede de Observatórios da Segurança chama a atenção para o impacto devastador dessa violência, que precisa ser abordada com soluções eficazes e justas. Ao mesmo tempo, é fundamental que a sociedade civil e os órgãos de segurança trabalhem juntos para prevenir esses casos e promover a segurança pública para todos.
Um Caminho para a Mudança
A realidade das mortes provocadas pela polícia é um chamado à atenção, exigindo que sejam tomadas medidas urgentes para mudar esse cenário. É hora de pensar em soluções concretas, que priorizem a vida e a dignidade de todas as pessoas, independentemente de sua raça, classe social ou idade. A mudança é possível quando a sociedade e os órgãos de segurança trabalham em conjunto, comprometidos em promover a justiça, a igualdade e a segurança pública para todos.
Fonte: @ Terra
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