Relógios automáticos sofisticados ganham espaço, com mecanismos complexos e alta precisão, contrastando com os modelos a quartzo, que são mais fáceis de usar, especialmente para suas donas.
Os relógios automáticos MoonSwatch, surgidos em 2022, marcam a união entre Swatch e Omega, ambas da Swatch Group. Com mais de 1 milhão de unidades vendidas, eles se tornaram um fenômeno mercadológico que aliviar surtos negativos nas exportações da indústria relógio suíça.
Relógios mecânicos automáticos estão em alta e o MoonSwatch foi um dos principais responsáveis por isso. Com seu design de inspiração em modelos de relógios de alta luxo da Omega, como o Speedmaster Moonwatch, o swatch MoonSwatch reinterpreta o conceito de relógio de alta qualidade de forma inovadora e acessível. A diversidade de cores e modelos de relógios em que o MoonSwatch foi lançado, tornou-se uma verdadeira febre entre os fãs de relógios automáticos.
O Universo dos Relógios Automáticos: Uma Evolução Permanente
Com mais de 11 décadas de existência, e inspirado no icônico relógio Omega Speedmaster, lançado originalmente em 1957, o MoonSwatch é um relógio a quartzo que marca as fases da Lua e conta com um cronógrafo, além de outras funções complexas, como indicações das horas, tornando-o um verdadeiro tesouro da alta relojoaria. Apesar de nunca alcançar o status de porta de entrada para os modelos mecânicos de fabricantes como Rolex, Audemars Piguet, Patek Philippe e Richard Mille, as Big Four, responsáveis por 40% do faturamento global, os modelos automáticos continuam sendo a antessala da relojoaria de luxo. Diferente dos relógios movidos por corda, que usam a energia cinética do pulso de seus donos para marcar o tempo, os automáticos usam a energia cinética do pulso para impulsionar o movimento do relógio, tornando-os mais caros do que as peças movidas a quartzo.
A preferência pelos automáticos vem crescendo ao longo da última década, derivada principalmente do aumento de preço dos relógios suíços de alto padrão. Para compensar um declínio geral nos volumes, devido em boa parte à retração do consumo de luxo dos chineses, a alta relojoaria está se voltando mais para os colecionadores. Por exemplo, um Rolex pode custar US$ 75 mil. Até 2030, o mercado global de relógios automáticos deve movimentar US$ 73,7 bilhões, avançando a uma taxa de crescimento anual (CAGR) mais de 5,5%, conforme relatório da consultoria RationalStat.
No Brasil, a Technos é uma das marcas principais entre os automáticos. Já os modelos Seiko são considerados os mais precisos. Tissot e Mido, outras grifes cobiçadas, tiveram um hiato em sua distribuição quando o Grupo Swatch encerrou sua operação no Brasil, em 2018, na esteira da crise de 2016, quando o PIB registrou uma queda de 3,16%. No início de 2024, as duas marcas centenárias do conglomerado suíço voltaram a ter uma distribuição no mercado nacional, desta vez a cargo do FiveHands Group, que reúne ex-funcionários do Grupo Swatch no Brasil.
Para Pedro Caglnoni, CEO do FiveHands Group, Tissot e Mido são referências aspiracionais para o consumidor que sonha adentrar a alta relojoaria, e elas têm uma singularidade. Diferente de muitas marcas, Tissot e Mido usam movimentos de uma das fábricas mais antigas da Suíça, a ETA, também parte do Swatch Group. A ETA é considerada a maior manufatura de movimentos automáticos e mecânicos da Suíça, produzindo até mesmo para grupos rivais, como o Richemont, detentor de marcas como Cartier, Baume & Mercier, Vacheron Constantin, entre outras.
Segundo Cagnoni, a Tissot é a terceira marca em termos de volume de vendas e faturamento dentro do grupo Swatch, chegando a fabricar quatro milhões de unidades por ano. Com essa escala, você consegue ter movimentos de excelente qualidade técnica a preços competitivos, destaca o executivo. O modelo PRX, é uma releitura de clássico da Tissot, que atende às demandas dos colecionadores. Feminino, o Museum Classic é um lançamento da Movado, que encanta com sua elegância e beleza.
Fonte: @ NEO FEED
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