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Expansão da Livraria da Vila segue modelo de lojas intimistas como Gato Sem Rabo e Arte & Letra para competir com o e-commerce.
Desde 2013, as livrarias da Vila no shopping Pátio Batel, em Curitiba, têm encantado os amantes da leitura. Com 850 metros quadrados, a livraria é um verdadeiro paraíso para quem busca por novos livros e experiências literárias. Fundada em 1985 pelo empresário Samuel Seibel, a livraria da Vila Madalena, em São Paulo, é um marco na história do empreendedorismo no ramo editorial.
Para os apaixonados por livrarias físicas, os estabelecimentos da rede oferecem uma experiência única de imersão no mundo dos livros. A unidade do shopping Cidade São Paulo, na avenida Paulista, inaugurada em 16 de julho, com seus 170 metros quadrados, mostra que mesmo em espaços menores, a magia das livrarias não se perde. A diversidade de títulos e o ambiente acolhedor são marcas registradas desses locais tão especiais.
Livrarias Físicas: Crescimento e Expansão
A princípio, a diferença de tamanho entre as duas poderia confirmar a previsão de que, em função do e-commerce, o comércio de livros in loco estaria condenado. Ao contrário. Não há mesmo mais lugar para as megalojas — Cultura, Saraiva e Laselva faliram e a francesa Fnac saiu do Brasil. Mas, as livrarias físicas não morreram. Elas estão apenas mais enxutas. E, assim, vêm se expandindo.
Nossa estratégia de crescimento, há quase uma década, é baseada em lojas mais compactas simplesmente porque estas demandam investimentos menores’, diz Eliana Menegucci, CEO da Livraria da Vila, em conversa com o NeoFeed. Sem revelar dados financeiros da companhia, ela conta que as receitas cresceram no ano passado em relação a 2022.’As lojas mais compactas ajudam a aumentar a eficiência da companhia, pois reduzem nossos custos’, completa a executiva. Por isso, a empresa enxugou a loja do shopping JK Iguatemi, um dos mais caros de São Paulo. Em compensação, pelo segundo ano consecutivo, montou, no térreo do mesmo centro comercial, uma pop-up.
De 40 metros quadrados, em funcionamento até 31 de dezembro, o espaço é dedicado a coffee table books. E, se em 2014, a Livraria da Vila fechou a unidade de quase 2,4 mil metros quadrados, no igualmente sofisticado shopping Cidade Jardim, a companhia inaugurou recentemente, além do espaço no Cidade de São Paulo, uma filial em Goiânia.
Com 360 metros quadrados, a loja do shopping Flamboyant preenche um vácuo deixado pela Saraiva e pela Fnac. ‘Quando anunciamos nossa chegada, recebemos muitas mensagens encorajadoras de pessoas que diziam sentir falta de uma livraria na região’, conta Eliana. A companhia prevê ainda mais duas novas filiais. A 22ª, no Park Shopping Barigüi, também em Curitiba, deve abrir em novembro.E, a do Partage Brasília Shopping, na capital federal, em maio de 2025. ‘Algoritmo humano’ Há hoje no Brasil quase 3 mil livrarias, indica a Associação Nacional de Livrarias (ANL). Entre abril de 2021 e novembro de 2022, o país registrou o nascimento de 100 novos negócios. Parece pouco, mas é muito, se levado em conta o fechamento de 20% dos estabelecimentos durante a pandemia de Covid-19.E, dos R$ 4 bilhões movimentados pelo mercado editorial brasileiro, em 2023, 8% vieram dos e-books, segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL).Para Eliana Menegucci, CEO da Livraria da Vila, as lojas físicas acabam servindo como um estímulo à leitura (Crédito: Denise Andrade) A mais nova unidade da Livraria da Vila, no Shopping Cidade São Paulo é a menor entre as 21 unidades da rede: 170 metros (Crédito: Divulgação) Localizada no centro de São Paulo, a livraria Gato sem Rabo aposta no nicho das escritoras mulheres (Crédito: Divulgação) Na curitibana Arte & Letra, o espaço é intimista e conta com cafeteria (Crédito: Divulgação) Mas os especialistas são unânimes: a experiência proporcionada pela ida à livraria jamais poderá ser alcançada no universo digital.As lojas físicas desempenham um papel importante como espaços de cultura e, como
Livrarias Físicas: Expansão e Resiliência no Mercado
um estímulo à leitura. A Livraria da Vila, sob a liderança de Eliana Menegucci, tem se destacado nesse cenário de transformações. Com uma estratégia de crescimento baseada em lojas mais compactas, a empresa tem conquistado espaço em meio às mudanças do mercado editorial.
As megalojas de livros, como Cultura, Saraiva e Laselva, enfrentaram desafios e fecharam suas portas, enquanto a francesa Fnac deixou o Brasil. No entanto, as livrarias físicas não apenas sobreviveram, como também encontraram formas de se reinventar. Com lojas mais enxutas e eficientes, esses estabelecimentos têm se expandido, atendendo às demandas dos leitores.
Eliana Menegucci destaca a importância das lojas compactas para a eficiência da companhia, reduzindo custos e impulsionando o crescimento. A Livraria da Vila tem se adaptado às necessidades do mercado, fechando lojas em locais mais caros, como o shopping JK Iguatemi, e abrindo pop-ups em espaços estratégicos.
A recente inauguração da filial no shopping Cidade São Paulo, a menor entre as 21 unidades da rede, demonstra a capacidade de inovação da empresa. Além disso, a expansão para outras cidades, como Goiânia e Curitiba, mostra o compromisso da Livraria da Vila em atender a novos públicos ávidos por livros.
Com quase 3 mil livrarias no Brasil, o mercado editorial tem se mostrado resistente, mesmo diante dos desafios da pandemia. O crescimento de novos negócios e a diversificação das ofertas, incluindo os e-books, refletem a adaptação do setor às demandas dos consumidores. A presença física das livrarias continua sendo valorizada como um espaço de cultura e experiência única, complementando a presença digital.
Fonte: @ NEO FEED
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