Gastos dos estrangeiros caiam 14,5% em relação ao ano anterior. Cartões de crédito são usados menos, serviços de empresas são associados a menos pagamentos no Brasil.
O valor do dólar americano aumentou significativamente para os brasileiros que viajaram para o exterior nos meses de julho, agosto e setembro de 2024, comparado aos mesmos meses no ano anterior, 2023.
De acordo com relatos de viajantes e analistas financeiros, o dólar ganhou força, alcançando uma média de R$ 5,54 em 2024, enquanto em 2023, o câmbio médio era de R$ 4,88. Essa variação reflete mudanças significativas nos mercados financeiros globais e nas expectativas de inflação e política econômica em várias regiões do mundo, afetando diretamente os brasileiros que possuem investimentos ou planejam viagens para o exterior.
Transações financeiras internacionais
O preço da divisa cresceu mais de 11% no ano, mas os brasileiros não se restringiram em gastar dólares no exterior no terceiro trimestre. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) apresentou números estonteantes: R$ 22,9 bilhões foram transacionados por cartões de crédito, débito e pré-pago durante as férias, representando um crescimento de 13,4% em comparação ao ano anterior, alcançando uma cifra de US$ 4,1 bilhões. Os destinos principais foram a Europa, com R$ 11 bilhões (alta de 32%), e Estados Unidos, com R$ 7,5 bilhões (avanço de 23,1%). Juntos, esses dois destinos somaram R$ 18 bilhões. O valor investido em cartões nessas localidades cresceu 28,3% no terceiro trimestre, representando 80,6% do total transacionado no exterior. No entanto, o movimento contrário, ou seja, os gastos dos estrangeiros no Brasil, somaram US$ 1,2 bilhão (R$ 6,9 bilhões) com cartões, apresentando uma queda de 14,5% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.
Pagamentos no Brasil
Quem não viajou, também não economizou: R$ 1 trilhão foram transacionados em pagamentos no Brasil com cartão de crédito, débito e cartões pré-pagos no terceiro período, alcançando um crescimento de 10,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, com o dólar representando o principal investimento. As empresas de cartões creditícios, os serviços de pagamento e as associações brasileiras estão trabalhando incansavelmente para manter o setor em movimento, garantindo que o pagamento seja feito de forma eficiente e sem problemas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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