Arremesso em baile funk na zona sul paulistana, córrego do Cordeiro, é mais violência policial. 5 anos do Massacre de Paraisópolis. Socorros são negados pela Defensoria Pública, Centro de Antropologia denuncia a violência.
As ações violentas em bailes funk de periferia, na madrugada, não param de aumentar há duas décadas na capital paulista e demais regiões, como Baixada Santista e interior. Atos de violência têm sido executados por policiais militares de forma sistemática e generalizada, levando à perda de vidas e causando impacto socioeconômico na comunidade.
O relatório sobre violência policial em pancadões, que apresenta estatísticas alarmantes, foi lançado na data em que um homem foi arremessado da ponte em Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, em um episódio chocante de atos de violência. Este tipo de ação não é isolado e aumenta a sensação de insegurança, especialmente entre os jovens frequentadores de bailes funk, que muitas vezes são vítimas da polícia militar.
Desfechos letais e violência policial: Arremesso de homem da ponte aumenta a pressão por mudanças na atuação da PM
O que se viu na rua Padre Antônio de Gouveia, na Vila Clara, zona sul de São Paulo, não foi apenas um caso de ação policial desenfreada. Foi mais um ato de violência que se soma a uma longa lista de episódios, muitos deles fatais, de pancadões espalhados pela cidade. Esse cenário contrasta com a falta de medidas eficazes que a Prefeitura de São Paulo adotou até o momento para prevenir a violência. A repercussão desse episódio é intensa, principalmente quando lembramos do que aconteceu em Paraisópolis cinco anos atrás. O Massacre de Paraisópolis, que matou nove jovens em um baile funk, é um dos episódios mais marcantes da violência policial em São Paulo.
A breve reflexão sobre a violência policial faz com que nos pergüemos a respeito de atos de violência envolvendo a polícia. A situação é complexa, afetando não apenas a população carente, mas também as próprias vítimas por vezes que, ao serem mortas, são rejeitadas pela sociedade, tornando-se invisíveis. A violência policial não se limita a Paraisópolis, tampouco aos bailes funk. Ela é um problema que se repete em diversas regiões da cidade, como é o caso da Vila Clara, onde o homem foi arremessado da ponte. A pergunta que agora se faz é: Qual a razão pela qual atos de violência policial continuam a se repetir?
Arremesso do homem e a dispersão de um baile funk em Cidade Ademar
Durante a dispersão de um baile funk em Cidade Ademar, zona sul paulistana, ocorreu o arremesso de um homem da ponte da rua Padre Antônio de Gouveia. Essa cena ocorreu em um contexto específico, onde a polícia militar (PM) agiu com violência. O baile, que tinha o nome de ‘Baile do Final’, era uma tradição que acontecia desde 2017. A dispersão não foi aleatória, uma vez que ela aconteceu em um ponto específico da cidade, conhecido como o ponto final da linha de ônibus Vila Clara-Pinheiros. Esse ponto é uma parte importante da zona sul de São Paulo e sua história está profundamente relacionada aos bailes funk. O ‘Baile do Final’ foi um dos principais eventos de funk de São Paulo. Além disso, o baile tem esse nome devido ao fato de que acontece exatamente no ponto final do ônibus da linha Vila Clara-Pinheiros.
Mais violência policial em São Paulo
A violência policial em São Paulo não é um problema novo. Muitos episódios de violência policial foram registrados em diferentes partes da cidade. O caso do homem arremessado da ponte não é o único. A história da violência policial em São Paulo está repleta de eventos trágicos e marcantes. Em 2017, o baile funk da DZ7 em Paraisópolis, em São Paulo, resultou na morte de nove jovens. Esse massacre completou cinco anos em 01 de dezembro e foi um marco importante na luta contra a violência policial. Além disso, em 01 de dezembro de 2017, o incidente com o homem arremessado da ponte na Vila Clara foi um lembrete da violência policial que segue acontecendo em São Paulo. A violência policial não se limita a Paraisópolis ou a bailes funk. Ela é um problema que afeta a cidade como um todo.
Fonte: @ Terra
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