O governo federal busca aproximar-se do grupo pró-governo de parlamentares conservadores, envolvendo conversões políticas e superando dores do crescimento.
📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter. O governo federal enfrenta desafios significativos na sua busca por uma aproximação com a bancada evangélica, grupo de parlamentares conservadores que detém um peso considerável na política brasileira.
Entre as principais dificuldades está a necessidade de encontrar um terreno comum, que possa satisfazer as demandas de uma parcela da população, mas que ao mesmo tempo não comprometa as políticas públicas e a agenda do governo. Além disso, a bancada tem um peso significativo na política brasileira, com parlamentares influentes que podem desempenhar um papel crucial na definição do curso das discussões e votações no Congresso Nacional.
Uma análise dos movimentos e influências da bancada evangélica no cenário político brasileiro
Pesquisadores avaliam que a bancada evangélica, apesar de suas convergências políticas em relação a certos temas, historicamente demonstrou uma tendência governista em outras áreas, como economia. André Ítalo, autor do livro ‘A Bancada da Bíblia: uma história de conversões políticas‘, destaca que a bancada evangélica sempre esteve próxima ao Executivo, independentemente do partido dominante. No entanto, ele enfatiza que a bancada da bíblia deixou de ser governista com a volta de Lula ao poder, marcando um divisor de águas em seu histórico governista.
A bancada evangélica, um grupo político influente no Brasil, tem enfrentado desafios. André Ítalo, pesquisador, destaca que sua força tem sido consolidada, mas também enfrenta novos desafios. Ele explica que a bancada tem crescido de maneira mais lenta nos últimos anos, o que pode ser atribuído ao crescimento da população evangélica também sendo mais lento. Além disso, a proporção de evangélicos na Câmara é menor do que na população, o que pode afetar sua influência política.
Leonardo Barreto, professor da Universidade de Brasília, ressalta que a bancada evangélica não é homogênea e que há diferentes segmentos e estratégias dentro dela. Ele destaca que a Igreja Universal se consolidou como um partido político e que sua estratégia foi eficaz ao abrir espaço para políticos não evangélicos. No entanto, Barreto também avalia que a bancada está enfrentando as ‘dores do crescimento‘, onde representantes dos partidos estão pressionados por uma base evangélica mais conservadora e de direita do que antes. Essa tendência limita as opções de escolha da bancada, que se encontrou num espectro político conservador de direita.
A bancada da bíblia, uma das principais vertentes da bancada evangélica, tem uma longa história de convergências políticas. André Ítalo destaca que a bancada tem crescido de maneira mais lenta nos últimos anos, o que pode ser atribuído ao crescimento da população evangélica também sendo mais lento. Além disso, a proporção de evangélicos na Câmara é menor do que na população, o que pode afetar sua influência política.
O governo de Jair Bolsonaro foi um divisor de águas nesse histórico governista dos evangélicos, sendo o primeiro presidente de direita a ter uma relação de afinidade ideológica com a bancada evangélica. No entanto, com a volta de Lula ao poder, a bancada da bíblia deixou de ser governista, o que marca um ponto de inflexão em seu histórico governista.
Fonte: © A10 Mais
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