Ministro da Fazenda cancela viagem à Europa para tratar de temas sobre corte de gastos e expectativa da divisa americana.
O dólar brasileiro apresentou uma queda significativa na sessão de negociação da segunda-feira (4), em decorrência da expectativa de anúncio de medidas de contenção de gastos governamentais, anunciadas anteriormente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A expectativa de medidas de austeridade trouxeram o dólar para perto de R$ 4,55 e, posteriormente, após a divulgação do plano de redução de despesas, o dólar atingiu seu valor mais baixo da sessão, de R$ 4,5025. Em contraste, a moeda americana, influenciada pelas medidas de gastos do governo, também apresentou uma queda acentuada, chegando a R$ 4,5178, mas logo voltou a subir.
Dólar recua 1,48% ante pressão de real e alta do petróleo
O dólar americano encerrou a negociação de ontem a R$ 5,783, após queda de 1,48% ante o real, e permanece em seu maior nível desde 09 de março de 2021, quando cotou R$ 5,791. A força da moeda norte-americana no exterior também foi abalada ante a expectativa de vitória da candidata democrata Kamala Harris nas eleições americanas. Lá fora, o dólar caiu 0,40% contra moedas pares, enquanto diminuía 0,55% contra o peso mexicano, recuava 0,65% contra o rand sul-africano e subia 0,14% contra a lira turca, três moedas consideradas semelhantes ao real. O cancelamento da viagem do ministro da Fazenda para a Europa influenciou o recuo do câmbio, segundo Alexandre Viotto, diretor de mesa de câmbio da EQI Investimentos, pois o mercado entendeu que não haveria anúncio de corte de gasto e que talvez ele não estivesse tão preocupado. A recuperação do petróleo beneficia o real, pois a exportação de óleo é relevante na economia brasileira, e com o aumento do preço, há mais entrada de dólares no país, o que valoriza a moeda brasileira ante o dólar. Os contratos futuros de petróleo encerraram em forte alta depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados decidir adiar o aumento na produção de óleo. O dólar perdeu força no exterior por conta do arrefecimento da aposta em uma vitória do candidato republicano Donald Trump. É esperado que o dólar se fortaleça sob um governo Trump por conta de sinalizações de um protecionismo mais agressivo do que o da candidata democrata. O cancelamento da viagem do ministro da Fazenda para a Europa influenciou o recuo do câmbio, aponta Alexandre Viotto, diretor de mesa de câmbio da EQI Investimentos. Segundo Haddad, o pacote deve ser anunciado ainda nesta semana. A recuperação do petróleo beneficia o real, pois a exportação de óleo é relevante na economia brasileira. Os contratos futuros de petróleo encerraram em forte alta depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados decidir adiar o aumento na produção de óleo. Portanto, o dólar perdeu força no exterior por conta do arrefecimento da aposta em uma vitória do candidato republicano Donald Trump, pois as pesquisas de intenções de voto do final de semana mostraram um avanço de Kamala Harris em locais onde a maioria dos levantamentos até agora indicavam Donald Trump na liderança na eleição presidencial americana.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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