Cartilha do Participante prevê citações contextualizadas, mas treinamento do Inep reforçou que banca deve ficar de olho em modelos genéricos e pré-prontos.
Os corretores do Enem 2024 receberam orientação do Inep para descontar nota de candidatos que submeteram redações sem conexão com o tema ou com repertórios socioculturais forçados, como menções a autores ou livros desconectados do contexto. Esses candidatos poderão perder pontos por não seguir os critérios estabelecidos. Além disso, os corretores também foram orientados a descontar nota de candidatos que copiaram ou memorizaram modelos de redação de forma mecânica, sem entender o tema e produzindo textos com ideias desconexas.
De acordo com os corretores, os candidatos que usaram os modelos pré-prontos de texto sem entender o contexto da redação podem perder pontos por não seguir as regras estabelecidas. Além disso, os candidatos que não apresentaram exemplares de redação de qualidade também podem perder pontos no Enem 2024. A prova da redação do Enem é uma das provas mais importantes do exame, e os alunos que não apresentarem redações de qualidade podem não alcançar as menções desejadas. Os corretores, portanto, devem ter atenção especial na avaliação dessas redações.
O Inep alerta sobre ‘truques’ usados pelos alunos na prova do Enem
Os membros da banca do Enem, em treinamento presencial em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, receberam orientação do Inep para ‘ficar de olho’ em ‘truques’ usados pelos alunos durante a prova, incluindo a utilização de ‘repertórios de bolso‘ e modelos prontos de redação. Essas práticas, embora não sejam mencionadas explicitamente no documento oficial do Inep, são consideradas como fraude e podem levar à desclassificação do candidato.
Os corretores relataram que o Inep pediu atenção redobrada para verificar se as citações estão sendo usadas de maneira produtiva e não de forma genérica, como é comum. Além disso, os membros da banca foram informados de que haverá uma penalização para quem cometer essas práticas.
Um dos corretores afirmou que, quando o repertório é genérico, os alunos forçam a barra para justificar o uso dele, mas isso não será mais aceito. Exemplos de repertórios ‘batidos’, como poemas de Drummond, foram mencionados como exemplo.
Isso ocorre após o g1 ter alertado sobre modelos prontos e colas de redação do Enem estarem sendo vendidos na internet por R$ 50. O candidato precisava apenas memorizar o texto e preencher lacunas com o tema pedido.
O Inep afirmou que, contanto que o candidato respeite as características formais esperadas de uma redação do Enem, ele não será prejudicado. Alunos postaram nas redes sociais que ‘colaram’ na redação do Enem, levando modelos assim para a prova e escondendo-os para copiá-los na hora decisiva.
A mudança de regra parece ter ocorrido aos ’45 minutos do segundo tempo’, pois o Inep divulgou a Cartilha do Participante, que detalha a Matriz de Referência da redação do Enem, semanas antes do exame. O documento lista aspectos que são avaliados pelos corretores e que contribuem para a construção da nota do candidato, incluindo a aplicação de conceitos de diversas áreas de conhecimento ao desenvolver um tema e a seleção, relacionamento e análise de lacunas.
O Inep também enfatiza a importância de coerência e uso apropriado de referenciais teóricos, o que é um aspecto crucial da prova do Enem. Além disso, a fraude é considerada um crime e pode levar à desclassificação do candidato em qualquer etapa do exame.
Em resumo, o Inep está alertando sobre ‘truques’ usados pelos alunos durante a prova do Enem, incluindo a utilização de ‘repertórios de bolso’ e modelos prontos de redação, e enfatiza a importância de coerência e uso apropriado de referenciais teóricos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo