A realidade das startups difere do estereótipo de empresas inovadoras com escritórios estilosos, oferecendo um raio-X completo do universo empreendedor.
No mundo do empreendedorismo, é comum encontrar pessoas que buscam inovar e criar soluções para problemas reais. Nesse contexto, as startups desempenham um papel fundamental, pois são elas que trazem novas ideias e tecnologias para o mercado. Recentemente, tive a oportunidade de ler um estudo fascinante que apresenta uma visão única sobre o universo das startups e o empreendedorismo.
O estudo em questão é o Founder Overview 2024, produzido pela ACE Ventures em parceria com o Sebrae Startups. Essa pesquisa oferece uma visão profunda sobre o perfil dos empreendedores que estão por trás das empresas inovadoras que estão revolucionando o mercado. O futuro do empreendedorismo está em constante evolução. Com base nos dados apresentados, é possível entender melhor como as startups estão mudando o jogo e como os empreendedores estão liderando essa transformação. A inovação é a chave para o sucesso.
Empreendedorismo: Desmistificando o Glamour
O estudo ‘Founders Overview 2024: o perfil do empreendedor brasileiro’ oferece um raio-X completo das startups e seus fundadores, revelando uma realidade bem diferente da imagem frequentemente apresentada sobre o mercado de investimento e as empresas inovadoras. A pesquisa se baseia em respostas de 891 startups e busca desmistificar o estereótipo de empresas inovadoras com escritórios estilosos e jovens tatuados.
A realidade é bem mais pragmática. O estudo mostra que a maioria das startups ainda é dominada por homens, embora o número de mulheres fundadoras tenha aumentado de 23,6% para 28% de 2023 para 2024. Além disso, 53,8% dos fundadores estudaram em escolas públicas e 46,2% em escolas privadas, o que diz muito sobre o espírito empreendedor.
O Espírito Empreendedor
A pesquisa revela que 7,4% dos fundadores sequer fizeram faculdade, 30,3% estudaram em faculdades públicas e 62,3% em faculdades privadas. Dos que estudaram em faculdades privadas, 28,6% eram bolsistas. Isso é um sinal do espírito de sobrevivência e da capacidade de se adaptar às circunstâncias.
Além disso, a pesquisa mostra que os empreendedores brasileiros são ‘Zuckebergs às avessas’, ou seja, não são jovens de faculdades excepcionais que empreendem de maneira idealista. Em vez disso, são profissionais experientes que buscam mudar o mundo de alguma forma. A consequência da experiência é que 44,6% já trabalharam em uma corporação, 17,5% empreenderam em outro setor e 12,3% já foram autônomos.
O Impacto da Experiência
O estudo aponta que 40% das empresas fundadas por pessoas com experiência anterior em uma corporação cresceram acima de 20% nos últimos 6 meses. Já as startups fundadas por pessoas sem experiência prévia no mundo corporativo, menos de 30% dessas empresas tiveram crescimento de 20% nos últimos 6 meses. Isso sugere que no Brasil, o pragmatismo vale mais que o idealismo puro.
No entanto, o sonho conta muito. Uma ampla maioria (77,6%) dos empreendedores quer mudar o mundo de alguma forma, seguidos por 35,3% que buscam maior retorno financeiro. Os entrevistados podiam escolher mais de uma resposta, o que sugere que grande parte daqueles que querem mudar o mundo também buscam um retorno financeiro. Isso é um reflexo do espírito empreendedor que caracteriza os empreendedores brasileiros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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