A Bolsa de Xangai permaneceu fechada e os mercados asiáticos reagiram às tarifas retaliatórias com quedas. O índice Nikkei e o Hang Seng sofreram impactos, especialmente o setor de tecnologia. As autoridades chinesas monitoram a situação.
As bolsas da Ásia experimentaram um movimento de alta, em resposta à notícia de que o presidente americano, Donald Trump, concordou em adiar as tarifas ao México e ao Canadá por um período de um mês. Essa decisão foi vista como um sinal de que Tarifas comerciais poderiam não ser um obstáculo imediato para os acordos comerciais.
Apesar da reação inicial positiva, as bolsas da Ásia terminaram com perdas, após a China anunciar a implementação de tarifas comerciais retaliatórias sobre alguns produtos dos Estados Unidos. Além disso, a China também aplicou taxas alfandegárias sobre certos produtos americanos, o que gerou preocupações sobre a escalada das tarifas e o impacto sobre o comércio mundial. Os investidores também estiveram atentos aos impostos sobre importações que a China poderia cobrar, o que poderia aumentar o custo de vida para os consumidores e afetar a competitividade das empresas.
Tarifas: O Peso da Política
A Bolsa de Xangai permaneceu fechada, mas o mercado asiático em geral apresentou uma resposta positiva à retaliação chinesa. O índice Nikkei 225 do Japão fechou em alta de 0,72%, enquanto o índice Kospi da Coreia do Sul subiu 1,13%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 2,83%, liderado pelo setor de tecnologia.
As tarifas comerciais continuam a ser uma grande preocupação, com as autoridades chinesas implementando ‘medidas modestas’ em resposta ao aumento de 10% nas tarifas do governo Trump sobre todas as importações dos Estados Unidos da China. ‘As medidas são bastante modestas, pelo menos em relação às ações dos Estados Unidos, e foram claramente calibradas para tentar enviar uma mensagem aos Estados Unidos (e ao público doméstico) sem causar muito dano’, afirma o economista da Capital Economics, Julian Evans-Pritchard.
No entanto, há um risco de que a retaliação saia pela culatra, encorajando Trump a aumentar ainda mais as tarifas. As taxas alfandegárias e impostos sobre importações também podem ser afetados, aumentando o impacto sobre as economias envolvidas.
O índice Nikkei 225 do Japão fechou em alta de 0,72% a 38.798,37 pontos, liderado pelas montadoras. A Toyota Motor subiu 1,7% na Bolsa de Tóquio, enquanto a Nissan Motor teve alta de 0,7%. O setor de tecnologia também foi um dos principais ganhadores, com Meituan subindo 6,0% e Alibaba 4,0%.
A retaliação chinesa é uma resposta às tarifas retaliatórias implementadas pelos EUA, que visam pressionar a China a fazer ajustes em sua política comercial. O índice Hang Seng avançou 2,83% a 20.789,96 pontos, enquanto o índice Kospi da Coreia do Sul subiu 1,13% a 2.481,69 pontos.
O risco de uma escalada na disputa comercial entre os EUA e a China é sempre presente, e as autoridades chinesas podem estar tentando enviar uma mensagem à administração Trump sobre as consequências de suas ações. O índice Nikkei 225 do Japão, o índice Kospi da Coreia do Sul e o índice Hang Seng de Hong Kong todos subiram, sugerindo que os investidores estão otimistas sobre a possibilidade de uma resolução da disputa comercial.
Mas há também o risco de que a retaliação chinesa seja insuficiente para deter o governo Trump, e que as tarifas sejam aumentadas ainda mais. Isso pode ter consequências sérias para as economias envolvidas, especialmente se as taxas alfandegárias e impostos sobre importações forem aumentados.
Em resumo, as tarifas comerciais continuam a ser uma grande preocupação, e a retaliação chinesa é apenas um dos muitos elementos em jogo. O setor de tecnologia foi um dos principais ganhadores em Hong Kong, mas há um risco de que a retaliação saia pela culatra e encoraje Trump a aumentar ainda mais as tarifas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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