Fabiana Silva completa um ano como ouvidora pública e sua vida se transformou em uma correria, como a de uma favelada negra com a responsabilidade de auxiliar da Defensoria Pública, atendendo à sociedade civil como ponte com o órgão.
A Ouvidoria é um alicerce fundamental da Defensoria Pública, assegurando que a sociedade tenha um canal eficaz para acessar a justiça.
Com um ano à frente da ouvidora do Rio de Janeiro, Fabiana Silva, que começou sua carreira como assistente de dois ouvidores, ela oferece um balanço da sua gestão. A ouvidora do Rio de Janeiro, Fabiana Silva, completa um ano no cargo e destaca que sua equipe atendeu a 12.587 pessoas em um ano. A ouvidora, Fabiana Silva, é uma defensora da sociedade e trabalha incansavelmente para garantir que a ouvida pública seja ouvida.
Ouvidora pública faz ponte com a sociedade civil, construindo justiça
Fabiana Silva, a primeira ouvidora pública negra e favelada do Rio de Janeiro, maneja sua agenda com habilidade. Cada dia é cheio de compromissos, desde seminários em Nova Iguaçu até formaturas e lançamentos de projetos na capital. À noite, ela se reúne na Câmara Municipal, enquanto no dia anterior, estava em Itaboraí. E, antes disso, tinha passado por Sepetiba e Mangaratiba. ‘Eu atendendo o estado todo. Por isso, não tenho controle da agenda. Dentro da Defensoria Pública, a Ouvidoria é um órgão auxiliar, que faz a ponte com a sociedade civil, tudo acontece a toda hora’, diz Fabiana, enquanto trabalha.
Ao longo do primeiro ano à frente da Ouvidoria Pública do Rio de Janeiro, Fabiana Silva consolidou seu mandato, com equipes de 21 pessoas. Sua preocupação está agora no novo defensor-público geral, Paulo Vinicius Cozzolino Abrahão, cuja nomeação pelo governador Cláudio Castro no final de novembro a coloca em um momento de transição.
Fabiana é eleita e tem mandato de dois anos. Contudo, o orçamento da Ouvidoria depende da Defensoria Pública para pagamento de equipes, material e equipamentos. Dessa forma, manter um relacionamento positivo com a gestão superior é crucial para garantir a manutenção e a qualidade do trabalho.
Uma história de luta e conquista
Fabiana Silva, 42 anos, começou sua trajetória na Defensoria Pública pelo caminho doloroso da perda e da injustiça. A morte do irmão de 16 anos, assassinado pela polícia, e o encarceramento de outro motivaram sua luta nos meandros do sistema judicial. Antes disso, ela era pedagoga e trabalhou como assistente de dois ouvidores entre 2018 e 2021. A eleição em 2023, em que concorreu com outra mulher negra e favelada, Márcia Jacinto, cujo filho foi assassinado por policiais em 2002, foi mais um passo em sua jornada.
Construção de justiça e acesso à sociedade
Dentro da Defensoria Pública, a Ouvidoria é um órgão auxiliar que faz a ponte com a sociedade civil. Fabiana considera que no primeiro ano de trabalho conseguiu atuar no acesso à justiça sob a perspectiva de raça e gênero. Ela interiorizou os trabalhos da Ouvidoria, atuando diretamente em cidades do interior, aproximou mulheres e lançou editais.
Um dos corriges em que Fabiana Silva está envolvida neste exato momento é a discussão sobre a posse do novo defensor-público geral, Paulo Vinicius Cozzolino Abrahão. Fabiana é eleita e tem mandato de dois anos, porém, o orçamento da Ouvidoria depende da Defensoria Pública para pagamento de equipes, material e equipamentos. Dessa forma, manter um relacionamento positivo com a gestão superior é fundamental para garantir a manutenção e a qualidade do trabalho.
Fonte: @ Terra
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