Trabalhadores em seis eixos de saúde e política de atenção à saúde indígena.
Concebido pelo Ministério da Saúde, o evento objetiva discutir a estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS) para atender às necessidades de saúde das populações indígenas, permitindo que elas possam bem-viver de forma mais plena.
No entanto, saúde não se resume ao tratamento de doenças. Para garantir um bem-viver, o acesso a saúde é fundamental. A Sesai é um órgão responsável por planejar e executar políticas de saúde para os povos indígenas no Brasil. Ao realizar o ‘Seminário Saúde Indígena – Um SasiSUS para o Bem-viver,’ a instituição busca criar oportunidades para que as comunidades indígenas sejam ouvidas e suas necessidades sejam atendidas.
O Encontro em Cuiabá: Uma Abordagem Integrada à Saúde Indígena
O evento, realizado em Cuiabá (MT), reuniu representantes de seis Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) da região Centro-Oeste, profissionais da saúde indígena, lideranças, organizações e usuários do Subsistema de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (SasiSUS). Este encontro é essencial para discutir as especificidades de cada região e considerá-las na Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (Pnaspi).
A secretária-adjunta da Sesai, Lucinha Tremembé, explicou que a estratégia de realizar os seminários por regiões visa trocar experiências sobre as especificidades de cada região e a importância de considerá-las no momento de alterar a Pnaspi. Ela também ressaltou a importância de contar com a participação de seis Dsei, que têm uma população indígena expressiva, é uma riqueza para a gente. Além disso, o evento contou com a presença de organizações parceiras, como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Fiocruz, Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), além de representantes dos Dsei.
O evento também contou com a presença da secretária de Gestão Ambiental e Territorial Indígena do Ministério dos Povos Indígenas, Ceiça Pitaguary, que ressaltou a importância da realização dos seminários e suas consultas aos povos indígenas. Ela também enfatizou que o bem-viver é de suma importância para a saúde indígena, pois o território, a cultura e os costumes são indissociáveis da saúde física, mental e espiritual. Além disso, ela também destacou a importância de proteger os territórios indígenas, sem intrusão, e que a escuta dos povos indígenas é primordial para trazer as realidades que vivemos nas aldeias e realizar as mudanças pelas quais há tanto tempo lutamos.
O evento contou com cerca de 211 participantes inscritos, que se dividirão em grupos para discutir as questões propostas acerca dos seis eixos temáticos norteadores elencados na metodologia, que são: Articulação dos Sistemas Indígenas de Saúde, Programa Nacional de Saneamento Indígena, Modelo de Atenção e Organização dos Serviços de Saúde, Determinantes Sociais da Saúde, Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Controle Social, Gestão Participativa e Financiamento. O encontro é essencial para discutir as questões que afetam a saúde indígena e encontrar soluções para melhorar a qualidade de vida dos povos indígenas.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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