Comediante chamou território americano de “ilha flutuante de lixo”, gerando indignação e acusações de racismo.
Em meio às eleições, um comentário polêmico feito por um comediante em um comício de Donald Trump no domingo (27) gerou grande indignação e acusações de racismo. O comediante Tony Hinchcliffe, conhecido pelo seu podcast Kill Tony, que conta com 1,89 milhão de assinantes no YouTube, fez um comentário que foi considerado ofensivo, chamando Porto Rico de ‘ilha flutuante de lixo’. A reação foi imediata e intensa.
Esse incidente ocorreu em um momento delicado, especialmente em um contexto eleitoral, onde as votações e o pleito estão sendo amplamente discutidos. A importância do respeito e da sensibilidade é fundamental. A declaração de Hinchcliffe foi vista como um ataque à comunidade de Porto Rico e gerou uma onda de críticas nas redes sociais. A controvérsia pode ter um impacto significativo nas eleições, especialmente em um momento em que a opinião pública está dividida. A eleição é um momento de escolha, e as palavras têm poder.
Eleições americanas: piada ofensiva sobre Porto Rico gera reações
A oito dias das eleições americanas, um comentário considerado ofensivo sobre Porto Rico gerou reações entre republicanos e democratas. O comediante americano fez uma piada sobre a ilha flutuante de lixo no meio do oceano, comparando-a a Porto Rico. A piada foi considerada racista pela comunidade porto-riquenha e gerou críticas de ambos os lados do pleito eleitoral.
Kamala Harris condenou a piada, enquanto dois republicanos da Flórida, Estado que possui uma expressiva população porto-riquenha, também criticaram o comentário. A parlamentar americana Maria Elvira Salazar disse estar ‘enojada’ com o ‘comentário racista’ e afirmou que isso não reflete os valores do Partido Republicano. Ela lembrou que milhares de porto-riquenhos servem nas Forças Armadas.
O senador Rick Scott declarou que ‘a piada foi um fracasso: não é engraçada e não é verdadeira’. Ele acrescentou que ‘os porto-riquenhos são pessoas incríveis e americanos incríveis’. O comediante posteriormente defendeu seu material, afirmando que ‘essas pessoas não têm senso de humor’.
O voto dos porto-riquenhos nas eleições americanas
Porto Rico é um território dos EUA, mas seus habitantes não podem votar na eleição presidencial. A ilha não possui votos no colégio eleitoral, mas seus residentes podem participar das primárias presidenciais. No entanto, há uma grande diáspora espalhada pelo país que possui esse direito. E tanto Kamala Harris quanto Donald Trump têm buscado apelar para os porto-riquenhos que vivem no continente.
Como nativos de um território dos EUA, os porto-riquenhos que se mudam para o continente americano podem fazê-lo livremente, sem a necessidade de visto. Eles possuem cidadania estatutária e podem portar passaportes americanos. Caso um porto-riquenho se mude para um Estado dos EUA e se registre para votar, ele terá o direito de participar das eleições.
Segundo o último censo de 2021, pelo menos 5,8 milhões de porto-riquenhos viviam nos EUA, representando cerca de 9% da população latina. Há cerca de 36 milhões de eleitores latino-americanos aptos a votar este ano nos EUA, segundo o Pew Research Center. Esse grupo geralmente compõe uma parte essencial da coalizão do Partido Democrata, com 59% dos latinos tendo votado em Joe Biden em 2020.
A Flórida abriga a maior comunidade, com 1,2 milhão de porto-riquenhos, seguida de perto por Nova York, com uma população de 950 mil. A votação dos porto-riquenhos pode ser um fator importante nas eleições americanas, especialmente em Estados com grandes comunidades latinas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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