O saldo do dia foi derrubado pelo pacote de corte de gastos, ameaçando a agenda fiscal eleitoreira do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pode esvaziar o quadro de contas públicas, ainda mais.
Objetivo inovador: com a intenção de realizar um esforço conjunto entre os ministérios, o governo pretende apresentar um pacote de corte de gastos que totaliza R$ 70 bilhões, visando reduzir os custos e alinhar com o objetivo de reverter a situação financeira do país. A correção do salário mínimo, marcada por um aumento limitado a 2,5% acima da inflação, deve contribuir para a contenção dos gastos públicos.
A redução de R$ 70 bilhões em gastos públicos é um passo importante para alinhar as contas públicas com a realidade econômica do país. No entanto, a inflação alta e os juros altos podem fazer com que os efeitos do corte de gastos sejam limitados. O aumento do salário mínimo em torno da inflação, como programado, também deve ser considerado para evitar impactos negativos na economia.
Reforma da Renda: o que mudou na proposta do governo
O objetivo principal do governo é reduzir os gastos e controlar as contas públicas, mas a proposta apresentada não atende às expectativas do mercado financeiro. A mensagem que fica é a de que a agenda eleitoreira deve prevalecer sobre a fiscal e pode ser acelerada nos próximos dois anos. O quadro ainda é interpretado como uma derrota do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a ala ortodoxa do PT.
Impacto na bolsa e no mercado
A notícia da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) roubou os holofotes e os esforços para contenção das despesas ficaram ofuscados. O mercado financeiro esperava uma reforma da renda mais ambiciosa, mas o governo apresentou um pacote de corte que não é condizente com as expectativas. Isso deve acelerar a inflação e exigir apertos mais fortes na Selic, o que pode afetar negativamente os investimentos.
Expectativas para a Selic e os juros
Alguns bancos estão começando a trabalhar com taxa de juros encerrando este ciclo de apertos em 14%, o que é mais alto do que o previsto anteriormente. Isso pode afetar negativamente os contratos futuros de juros e aumentar a inflação.
Impacto na economia e nos investimentos
A proposta apresentada pelo governo pode afetar negativamente a economia e os investimentos. A inflação pode aumentar e os juros podem subir, o que pode afetar negativamente a capacidade de investimento das empresas e dos particulares.
A agenda eleitoreira prevalece sobre a fiscal
A mensagem que fica é a de que a agenda eleitoreira deve prevalecer sobre a fiscal e pode ser acelerada nos próximos dois anos. Isso pode afetar negativamente a economia e os investimentos, e pode ser interpretado como uma derrota do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a ala ortodoxa do PT.
Impacto na bolsa e no mercado
A bolsa brasileira foi atropelada e arrastada para o menor nível desde o dia 28 de junho, com o Ibovespa encerrando a sessão em 124.610 pontos, o menor nível em exatos cinco meses. O principal índice de ações da bolsa brasileira derreteu 2,4% hoje e tem o saldo negativo em 3,93% em novembro, com perda de 7,14% no ano.
A moeda americana valoriza ante o real
O dólar comercial tocou nos R$ 6 durante a sessão e renovou pelo segundo dia sua máxima histórica de fechamento. A moeda encerrou a sessão cotada a R$ 5,99 depois da disparada de 1,3% hoje, o que levou o saldo da semana a 3%. No acumulado do ano, a valorização da moeda americana ante o real é de 23,42% e, no mês de novembro, de 3,59%.
Algumas empresas saem ilesas do pregão de hoje
Algumas exportadoras ainda saíram ilesas do pregão de hoje, como JBS, Suzano e Klabin. O grupo chegou a ser maior, mas algumas empresas deixaram as altas pelo caminho, conforme a fuga do risco contaminou a bolsa.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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