Bradesco BBI, Citi e BTG Pactual calcularam o tamanho do ajuste dos planos individuais e termos, incluindo planos e cálculo de capacidade.
O reajuste nos preços dos planos de saúde individuais deve ser de 6,8% em 2025, considerando os dados financeiros mais recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), diz o Bradesco BBI. Esta elevação pode ter uma grande impacto na economia, principalmente para aqueles que não têm acesso a planos de saúde públicos e dependem dos particulares.
No entanto, o ajuste dos planos individuais pode não ser tão alto, considerando as estimativas do Citi, que calculou um reajuste de 6,5% em 2025. Mas, outros analistas do Bradesco BBI, como Márcio Osako e Valéria Parini, podem ter razão em sua estimativa de 6,8% com base no reajuste de 6,9% que os planos tiveram em 2024, o que pode justificar uma elevação no custo dos planos de saúde.
Reajuste salarial: o que está em jogo
No contexto dos últimos nove meses de 2023, observa-se que a fórmula aplicada para a determinação do reajuste salarial resultou em uma taxa de 6%. Esse valor, todavia, poderia ser modificado para 6,8%, o que poderia ter reflexos negativos em empresas como a Hapvida, que depende significativamente dos planos que compõem parte de 24% do seu faturamento. A capacidade de reduzir a sinistralidade nesse contexto seria afetada, considerando que a inflação de custos médicos está em aumento.
Ajuste salarial e a realidade dos planos
Empresas como a Hapvida, que mantém cerca de 18% dos seus clientes em planos individuais, estão sujeitas a um aumento nos custos com judicialização de negativas de procedimentos, o que impacta negativamente a sua capacidade de cobrir custos. Este cenário é analisado por especialistas, como Leandro Bastos e Renan Prata, que destacam a necessidade de reajuste salarial para que as empresas sejam capazes de lidar com essa situação.
Reajuste salarial e a inflação médica
A análise realizada pelo BTG revela que a inflação nos custos médicos, especialmente em internação e emergência, alcançou 6,69% nos últimos 12 meses, até novembro. Nesse período, cidades como Recife, São Paulo e Belo Horizonte apresentaram as maiores variações. A inflação relacionada a consultas médicas também foi significativa, alcançando 6,67%, com destaque para as variações em cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza. Em termos de exames de imagem, a inflação foi de 5,19% nos últimos 12 meses, com as cidades de São Paulo, Belém e Vitória apresentando as maiores variações.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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