Quantas séries fazer por semana, sem perguntar sobre frequência e intensidade muscular.
Um estudo recente, liderado por Brad Schoenfeld e colaboradores, abordou o impacto das intensidades de treino no ganho muscular em indivíduos com experiência em exercícios. Este estudo, que reuniu especialistas renomados, teve como objetivo principal avaliar a eficácia de diferentes níveis de intensidade de treino no aumento da massa muscular.
Os resultados do estudo revelaram uma relação direta entre a intensidade do treino e a magnitude do ganho muscular. Alguns participantes apresentaram um ganho muscular mais significativo em grupos que realizavam treinos com intensidades mais altas, enquanto outros não apresentaram nenhuma variação apreçável em relação ao grupo controle. No entanto, é importante notar que o estudo não abordou a relação entre a intensidade do treino e o desempenho em atividades físicas, uma vez que a hipertrofia muscular não está diretamente relacionada a essa variável.
Treino: Uma Visão Multidisciplinar
A intensidade, volume e frequência de treino são elementos cruciais na compreensão da hipertrofia muscular. Embora o estudo em questão tenha focado na intensidade, ele também nos forneceu insights valiosos sobre o volume e a frequência de treino. Vamos mergulhar nesse universo complexo, explorando como essas variáveis interagem para produzir resultados.
Treinamento: Um Desafio de Equilíbrio
O estudo em questão envolveu indivíduos que haviam treinado por um ano, com um rotina específica que compreendia 9 exercícios, sendo realizadas duas sessões por semana. O que distinguia os grupos foi a intensidade, com um realizando séries até a falha e o outro deixando duas repetições de lado. Notamos que ambos os grupos obtiveram ganhos semelhantes de massa muscular, embora aqueles que falharam tenham obtido um pouco mais, sem diferença estatisticamente significativa.
O Ponto de Falha: Uma Frontera Cega?
Uma das primeiras questões que surge é por que, com intensidades diferentes, os participantes obtiveram resultados semelhantes. Uma explicação possível é que realizar um pequeno número de repetições eficazes pode ser suficiente para gerar hipertrofia. Isso levanta a hipótese de que as últimas repetições antes da falha possam causar danos musculares excessivos, desviando a síntese proteica da hipertrofia para a reparação do dano. É possível que os danos musculares não sejam compensados por ganhos adicionais, resultando em resultados semelhantes para ambos os grupos. A falta de significância estatística adicional pode ser um fator, pois o estudo realizou apenas uma série por exercício e por sessão, tornando os efeitos negativos da ida sistemática à falha muscular menos pronunciados.
Volume e Frequência: Uma Correlação Sutil
A diferença favorável para intensidades mais baixas surge à medida que se realizam mais e mais séries. Isso sugere uma correlação entre volume e intensidade, onde o treino com intensidades altas requer volumes mais baixos e vice-versa. Outra correlação importante é entre volume e frequência de treino. Treinar com mais frequência é melhor, desde que possamos nos recuperar, e a recuperação é essencial para evitar danos musculares.
Treinamento com Frequência: Recuperando para o Ajuste
A recuperação é crucial para o ganho de massa muscular. Treinar com frequência é benéfico, desde que haja tempo suficiente para se recuperar. A recuperação não é apenas um processo passivo, mas um ajuste ativo para o próximo treino. Isso inclui a reposição de nutrientes, o alongamento e a modificação da rotina de treino para evitar a falta de progresso.
Treinamento e Massa Muscular: Um Desafio de Equilíbrio
Treinar com intensidade, volume e frequência adequados é essencial para o ganho de massa muscular. A recuperação é crucial para o ajuste ao treino, e a falta de recuperação pode levar a danos musculares excessivos. O equilíbrio entre essas variáveis é fundamental para obter resultados significativos. Embora o estudo tenha fornecido insights valiosos, é importante considerar que a hipertrofia muscular é um processo complexo e que cada indivíduo pode responder de forma diferente ao treino. Portanto, é fundamental adaptar a rotina de treino às necessidades individuais para alcançar o máximo potencial de ganho de massa muscular.
Fonte: @ Minha Vida
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