Investidores mais endinheirados mantêm aposta em ativos de renda fixa, com ligeira queda nas ações, conforme levantamento.
Independente de possuir poucos ou muitos recursos para investir, uma certeza prevalece: com as taxas de juros básicas elevadas, o dinheiro aplicado em ativos de renda fixa é uma escolha frequente para variados perfis de investidores.
A diversificação da carteira é fundamental para potencializar os ganhos com capital, independentemente do volume de fundos disponíveis para investimento. Além disso, é importante estar sempre atento às oportunidades de ampliar os resultados financeiros com dinheiro bem gerido
Apostas financeiras em alta
E diante da perspectiva de que a taxa Selic deve continuar elevada por mais tempo do que o esperado, aliás, podendo até subir mais nos próximos meses, os mais endinheirados continuam priorizando ativos mais conservadores. É o que indicam os dados da pesquisa mensal da Smartbrain, responsável pelo processamento de mais de 340 mil extratos de investimentos, totalizando mais de R$ 250 bilhões em patrimônio analisado.
Perfil dos investidores em destaque
O estudo destaca a análise das carteiras de investidores nos segmentos de varejo (faixa de R$ 50 mil a R$ 300 mil), alta renda (entre R$ 300 mil e R$ 3 milhões), private (de R$ 3 milhões a R$ 50 milhões) e ‘ultra high’ (acima de R$ 50 milhões), com a fatia da alta renda sendo a mais expressiva, totalizando 38,67%. Na sequência, varejo com 29,41% e private com 28,57%, enquanto os ‘ultra high’ representam 3,34%.
Renda Fixa permanece soberana
Entre os destinos de recursos, a renda fixa continua a ser a primeira escolha, com 44,94% de participação no portfólio dos investidores mais abastados em julho, favorecida pela manutenção da taxa Selic em 10,5% por período superior ao estimado. Houve um pequeno incremento em relação ao mês anterior, quando a fatia dos ativos de renda fixa era de 43,55%.
Os fundos multimercados, que por sua diversidade podem acarretar em maiores riscos, compõem a segunda maior fração dos portfólios dos endinheirados, com 34,49% de participação, crescendo em relação ao mês anterior, quando representavam 32,46% das carteiras.
Incertezas influenciam escolhas de investimentos
Diante do cenário envolto em questões fiscais internas, combinadas ao recente aumento da inflação que resgatou o debate sobre possíveis elevações dos juros, alguns investidores apostam em ações de setores mais defensivos. O segmento financeiro, exportadoras de commodities e empresas prestadoras de serviços continuam a liderar as preferências.
Ações do Itaú e do Banco do Brasil mantêm-se entre as preferidas do setor bancário pelo terceiro mês consecutivo, acompanhadas pelos papéis do BTG Pactual, presentes no ranking do mês anterior. Entre as exportadoras de commodities, a Petrobras não figurou entre as favoritas, enquanto a Prio e a Vale permaneceram em destaque.
Em um movimento cauteloso, os investidores buscam se posicionar estrategicamente frente às incertezas econômicas, mantendo o ‘dinheiro’ em setores considerados mais estáveis e resilientes diante do panorama atual.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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