Organização das Nações Unidas proclama Segunda Década Internacional para os Afrodescendentes, reconhecendo desenvolvimento e resolução de desafios. Educafro pressiona por renovação após pouco resultado na primeira década, afirmando que houve pouca ação eficaz das entidades brasileiras e a Organização das Nações Unidas em relação às temáticas da Década.
O Brasil foi um dos países que mais contribuíram para o sucesso da proposta de resolução, que foi aprovada por aclamação. Com a adoção da resolução, espera-se que sejam tomadas iniciativas concretas para a promoção dos direitos dos Afrodescendentes e a erradicação da discriminação racial.
Assim, o Brasil, como membro das Nações Unidas, compromete-se a implementar políticas públicas que visem o desenvolvimento de seus Afrodescendentes. Aproximadamente 55% da população brasileira é composta por Afrodescendentes, sendo um contingente significativo da população brasileira. Ainda assim, muitos Afrodescendentes enfrentam obstáculos e desafios na busca por seus direitos, à justiça e ao desenvolvimento.
O anúncio da segunda década internacional veio em um momento de grande controvérsia, onde a morte de George Floyd em 2020 gerou um movimento de protesto global que buscou justiça para as vítimas de violência policial. O Brasil também viveu seu próprio momento de confusão, com a morte de João Pedro, um jovem negro de 14 anos que foi alvejado por um policiais em uma situação de escolta em 2020, sem ter nenhuma característica identificada da sua origem racial.
Desafios enfrentados pelos Afrodescendentes
A 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou, por consenso, a resolução que proclama a Segunda Década Internacional para os Afrodescendentes. Este período, iniciado em 1º de janeiro de 2025 e encerrado em 31 de dezembro de 2034, tem como tema central o reconhecimento, justiça e desenvolvimento.
A iniciativa do Brasil, em conjunto com Colômbia, Costa Rica, Jamaica e Estados Unidos, visa reavivar a discussão sobre os direitos e desafios enfrentados pela comunidade afrodescendente. O tema da Década Internacional é uma reflexão sobre a necessidade de ação concreta para erradicar a discriminação e promover a igualdade.
Ao longo da história, as décadas temáticas da ONU têm direcionado esforços dos países membros em prol da resolução de questões relevantes para a humanidade. Nesse sentido, a Década Internacional para os Afrodescendentes visa internacionalizar os esforços e investir na promoção dos direitos humanos e do desenvolvimento das comunidades afrodescendentes.
As entidades brasileiras, como a Educafro, desempenharam um papel fundamental na pressão para a renovação da Década Internacional. Frei David dos Santos, da Educafro, destaca a importância da ação coletiva e do compromisso para superar os obstáculos que impediram o sucesso da primeira Década Internacional.
A primeira Década Internacional, que ocorreu de 2015 a 2024, foi marcada pela falta de investimento e compromisso. No entanto, a segunda Década Internacional promete ser mais ambiciosa, com um cronograma e orçamento previstos para garantir a execução das ações planejadas.
A renovação da Década Internacional para os Afrodescendentes é um passo importante na direção do reconhecimento, justiça e desenvolvimento das comunidades afrodescendentes. Ao longo da próxima década, é fundamental que os países membros da ONU se comprometam a implementar políticas concretas para superar as desigualdades e promover a igualdade de oportunidades.
O Brasil, que apresentou o texto da resolução, juntamente com outros países, espera que a Segunda Década Internacional seja mais eficaz na resolução dos problemas enfrentados pelos Afrodescendentes. A Organização das Nações Unidas tem um papel fundamental nesse processo e espera que as entidades brasileiras continuem a pressionar para que as ações sejam implementadas.
A Década Internacional para os Afrodescendentes é uma oportunidade para que os países membros sejam responsáveis pela promoção dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável. A segurança alimentar e a erradicação da fome são apenas alguns dos temas que devem ser abordados.
Os Afrodescendentes são uma parcela importante da população mundial e têm direito a viver em igualdade de condições. A Década Internacional para os Afrodescendentes visa promover a igualdade de oportunidades e a inclusão, garantindo que todos tenham acesso a serviços essenciais, como saúde, educação e justiça.
A segunda Década Internacional para os Afrodescendentes diz respeito à inclusão e à igualdade. É uma oportunidade para que os países membros da ONU se comprometam a superar as desigualdades e promover a igualdade de oportunidades.
Fonte: @ Terra
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