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Três mandados de busca e apreensão são executados em casos de jornadas exaustivas e desrespeito aos direitos trabalhistas, incluindo o Fundo de Garantia.
A Polícia Federal (PF), com o auxílio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego, iniciou nesta sexta-feira (5) a Operação Esperança. O objetivo é combater a exploração de indivíduos em situações precárias de trabalho. Até o momento, foram encontradas dez vítimas, mas esse número pode variar à medida que a investigação avança, afirmaram as autoridades.
Em um esforço conjunto, a PF, o MPT e o Ministério do Trabalho e Emprego estão empenhados em erradicar qualquer forma de escravidão moderna. A Operação Liberdade visa resgatar trabalhadores que estão sendo submetidos a condições desumanas de trabalho. A atuação dessas instituições é fundamental para garantir que todos tenham seus direitos respeitados, afirmou o porta-voz da operação.
Operação em Aracaju desvenda esquema de exploração de trabalho
Foram realizados três mandados de busca e apreensão na cidade de Aracaju, revelando uma trama obscura de exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Durante a fase confidencial da investigação, descobriu-se que os suspeitos estavam submetendo indivíduos a jornadas exaustivas de trabalho, sob a promessa enganosa de ganharem mais de um salário mínimo por semana.
As vítimas, sem direitos trabalhistas garantidos, eram obrigadas a permanecer mais de 10 horas diárias nas ruas, tentando vender produtos para garantir sua subsistência. Muitas vezes, eram forçadas a continuar trabalhando mesmo estando doentes, em uma clara violação dos direitos humanos e das leis trabalhistas.
A falta de um contrato formal entre os exploradores e as vítimas resultava na ausência de benefícios como o pagamento do 13º salário, férias e o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O salário irrisório pago aos trabalhadores era inferior ao mínimo legal, o que comprometia severamente sua capacidade de se sustentar, principalmente no que diz respeito à alimentação.
Os criminosos investigados estão sendo acusados de reduzir pessoas a condições de trabalho análogas à escravidão, em um flagrante desrespeito à dignidade humana. A atuação conjunta do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego visa garantir que os responsáveis paguem as verbas trabalhistas devidas às vítimas, buscando reparar os danos causados por essa prática abominável.
Fonte: @ Agencia Brasil
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